quinta-feira, 23 de março de 2017

O sacrifício necessário


 


Tenho tido umas semanas difíceis. E esta semana, especialmente, tem sido caótica e não tenho conseguido encontrar tempo para fazer o que me faz melhor.

Há quase uma semana que não ía ao ginásio, o que vai completamente contra tudo a que me comprometi comigo mesma. Hoje saí de casa a correr para deixar o Pedro e ir trabalhar e deixei as camas por fazer e não limpei o chão, o que não é normal. E, como já vos disse, uma vez que os cães dormem dentro de casa, limpamos o chão escrupulosamente todos os dias. Pensei no jantar quando já estava na rua e tinha um compromisso inadiável durante a tarde. Assim, decidi que hoje o Pedro ficaria até mais tarde na escola, mas que não poderia faltar novamente ao ginásio. Isso é que não! Mas depois veio o sentimento de culpa. E logo a seguir imaginei-me como a senhora da imagem (autor desconhecido) e... Nem pensar!

Não sei se já partilhei convosco, mas no início da semana coloco uma mochila no carro com equipamento para, pelo menos, duas idas ao ginásio. Assim, está sempre pronto. Quando chego a casa, tiro a roupa suja, arejo as sapatilhas e no dia seguinte o saco já está pronto. Sem desculpas!

Por acaso, o meu marido acabou por ir buscar o baby. Menos uma tarefa! Corri 6,5 kms. Corri ainda para fora do ginásio e fui à peixaria comprar uma dourada. Cheguei a casa e pus uma máquina de roupa a lavar, preparei o peixe e fui tratar dos banhos. Do Pedro e do meu. Quando cheguei à cozinha fiz uns legumes salteados para acompanhar o meu peixe. Jantamos e arrumei a cozinha. Ah! Esqueci-me de um pormenor. Quando cheguei as camas já estavam feitas e o chão limpo. Quando o cônjuge ajuda, tudo é mais fácil. Fica a dica!!! Ahahahah

Entretanto estendi a roupa e já está outra a lavar. Sentei-me finalmente com o meu filho. No "tentinho" (quentinho), como ele diz. E, olhando para o meu dia, trabalho, tarefas domésticas, jantar saudável, ginásio, amor e carinho, sinto-me como a ilustração que se segue (créditos da imagem presentes na mesma). Sou capaz de tudo, afinal. E, desculpem-me, mas não me sinto nada culpada por duas vezes por semana estar menos tempo com o meu filho. Estou certa que ele prefere ter uma mãe sã, do que uma mãe tresloucada. E o segredo está mesmo no equilíbrio entre as várias vertentes da nossa vida. Escolhas e sacrifícios necessários. Sem dramas! 


 

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