terça-feira, 28 de julho de 2015

NÃO Pechincha #1

Vocês sabem que eu gosto muito de pechinchas, mas às vezes o barato sai caro... Comigo também só acontecem coisas destas uma vez. Porque a partir de agora não comprarei rigorosamente mais nada daquela marca.
 
Há uns tempos, quando fui almoçar com uma amiga ao Shopping, ela quis ir à Kiko comprar umas coisas que lhe faziam falta. Como tinha sido o meu aniversário, ela insistiu que queria dar-me alguma coisa. Acabou por me oferecer um pó e um concealer, vulgo corrector de olheiras, que era a única coisa que verdadeiramente precisava porque o meu já estava a acabar.
Trouxe o "soft focus", não só porque não tenho olheiras muito carregadas, como também porque estamos no verão e uso menos maquilhagem (este é leve e com pouca cobertura. Não preciso de mais). Quando estava na loja, falei com a vendedora e expliquei-lhe que tinha deixado de comprar este porque a caneta deixa de funcionar com facilidade e já tinha deitado um ao lixo praticamente cheio porque a caneta se estraga com facilidade. Ela disse-me que a loja trocaria a caneta, caso isso voltasse a acontecer. Inclusivamente garantiu que tinha havido um lote com muitos problemas e, como tal, a marca responsabilizar-se-ía pelo defeito da dita caneta. "Ok!", pensei eu. E descansada que fiquei, trouxe o tal corrector (já que a alternativa não havia na melhor côr para mim...).
 
 
E é aqui que tudo se complica. Duas ou três semanas depois, quando finalmente precisei do concealer e fui usá-lo, a caneta não funcionava. Não conseguia que saísse produto nenhum. Lá voltei a pôr a caneta na caixinha e levei à loja. O que aconteceu? Não me trocaram. Não tinha o talão de compra. A empregada disse-me que trocaria, mas quando chamou a encarregada esta disse-me que seria impossível fazer a troca. Alertei-a para o facto da caneta estar "limpa". Nota-se que nunca foi usada. Mas: "Não sei se é defeito ou não, porque não sei que utilização a senhora deu à embalagem. Pode estar estragado por sua causa e não ser defeito."
 
Claro, baby! Tens razão. Talvez tenha estado a carregar na caneta como anti-stress durante duas semanas. Só para não te partir a tromba nem ser mal educada contigo. Ou então atirei o corrector de olheiras do décimo andar onde eu não vivo. Ou então o Pedro levou-o para a escola e estiveram a jogar à malha com aquilo. Enfim, há de facto muitas utilizações que podemos dar a uma simples caneta de concealer da Kiko. Eu é que não sabia e mantive-a dentro da caixa, no armário da maquilhagem que tenho na casa de banho (fora do alcance de crianças, já agora)...
 
Resumindo e concluindo, obviamente pedi o Livro de Reclamações. A gerente eficiente não sabia o CAE nem onde encontrá-lo. Propositadamente pedi-lhe para ela o arranjar. Demorou algum tempo. Eu sabia que estava no início do Livro e mostrei-lhe depois. Temos que ser solidários e dar alguma formação a estas pessoas arrogantesinhas. Saí da loja e jurei que nunca mais conpraria nada da marca. E não compro. Vou procurar outras pechinchas. Mas na Kiko, nunca mais. Fica o aviso! Caso queiram lá comprar alguma coisa, experimentem antes de sair da loja, sob pena de não ser possivel trocar depois. A menos que se caia nas graças das gerentes, já que a mesma aceita trocar um batom já usado. Pena que eu não soubesse disto antes! Seria lindo!!!

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Luxos #2

ESSIE. Este é o nome para ter em atenção.
 
Em 2009, quando conheci a minha amiga Anabela e ganhei coragem para lhe perguntar onde arranjava as unhas, ela disse-me que ía à Né.
A Anabela anda sempre com as unhas maravilhosas. O verniz era sempre brilhante e durava tempos infinitos. Então resolvi ir à Né. E, minhas amigas, deixem-me que vos diga que à Né é MARAVILHOSA. Foi na Né que conheci a Essie. Além desta marca ela tinha também O.P.I. e LCN. Mas eu confesso que sempre nutri um carinho muito especial pela Essie, assim daqueles mesmo fofinhos que nos fazem comprar tudo! E era dificílimo de encontrar, o que lhe conferia um certo mistério. Quando me perguntavam que verniz tinha e dizia Essie achava o máximo qur ninguém conhecesse. Além disso era uma missão quase impossível encontrá-los à venda. E, se por um lado gostava disso, porque não havia muitos iguais, por outro lado tornava-se um artigo de verdadeiro luxo, com preço equivalente à O.P.I. que sempre foi cara. Essa é a razão pela qual eu tenho vernizes Essie comprados em NYC, em Las Vegas, em Paris. Aliás, nos EUA estes vernizes têm um preço tão simpático que dá vontade de comprar a colecção toda. E para isso conto também com as minhas amigas viajadas, que têm sempre espaço para mais um verniz na mala... Hoje já se encontram em quase todo o lado, porque a marca foi comprada pela L'Oreal. Além de cabeleireiros e gabinetes de estética, há na Pluricosmetica, no El Corte Ingles (no espaço L'Oreal, precisamente), e até no Continente (mas não em todos...). Custam +/- 10€, o que é óptimo comparado com o que cheguei a pagar! Eu diria até que a Essie está na moda. Desde que a Kate Middleton revelou que usou esta marca quando se casou com o William, virou moda. Por lá e por todo o lado!!
Confesso que não sou nada arrojada nas cores que uso. Não gosto daquelas cores da moda nas minhas unhas (turquesa, menta, amarelo, verde alface....). Mas há pessoas a quem verdadeiramente ficam bem! Eu mantenho-me nos clássicos. Vermelhos, rosas, corais, cores pastel... E, como podem ver na fotografia, qualquer dia já tenho todos os que estejam disponíveis! Apesar de não se distinguir bem, preparei a lista de todos os vernizes. Espero que seja útil. Cá vão, sempre da esquerda para a direita:
 
 
1ª Fila
A. Cute as a button - 73
B. Angora Cardi - 700
C. In stiches - 608
D. Size Matters - 771
E. Bahama Mama - 400
F. Raspberry - 89
 
2ª Fila
G. Chubby Cheeks - 70
H. Too too hot - 759
I. Fifth Avenue - 64
J. Russian Roulette - 520
K. A list - 472
L. Macks 352
 
3ª Fila
M. Allure - 5
N. Mademoiselle - 13
O. Starter Wife - 596
P. Sand Tropez - 79

Com a Né aprendi alguns truques (outros já sabia). Aqui vão:

1. Limar as unhas sempre para o mesmo lado. Evita que "descaquem" e partam. A manicure dura mais tempo.
2. Limpar as unhas com acetona ou álcool antes de passar qualquer produto. Tira a gordura acumulada e faz durar mais o verniz.
3. Passar uma boa base (as da Essie são optimas). Evita manchas, "alisa" a unha a prepara-a para o verniz.
4. Duas camadas do verniz maravilha. Finas. Deixem secar entre cada uma. Quem avisa, teu amigo é!
5. Limpar os cantos depois de secar.
6. Passar uma camada generosa de Top Coat. Aqui, para mim, o vencedor é o O.P.I., secante. Dá brilho, protege, seca. Perfeito! No entanto, existe um com as mesmas características da Essie (Good to Go!). Também já vos falei de um da Catrice AQUI que é bom. E bem mais barato... Nesta fotografia a base e o verniz são da Essie e o Top Coat é da Catrice. Como podem observar, é óptimo. 
 
 
7. Depois de tudo seco, passar o Quick Dry Oil da LCN, que é um óleo secante, que evita que as unhas peguem ao que formos mexer depois e se estraguem...

Et voilà, unhas perfeitas por mais de uma semana!!! Mas, lá está, é quase preciso um curso e alguns luxos...

sábado, 25 de julho de 2015

Há humanos que são uns animais...

Sempre tivemos cães em casa. Desde que me lembro. E sempre tive medo deles. Eram grandes. E apanhei um susto quando era miúda... Ainda assim, habituei-me a que todos os dias havia alguma preocupação com os cães. Eles nunca dormiram dentro de casa. Felizmente sempre morei em casas com quintal e eles andavam soltos no quintal. Tinham abrigo, sombra, água, espaço. Hoje olho para trás e sei que eles foram bem tratados, mas não foram parte da família.
Quando começámos a pensar em ter um cão e tomámos a decisão de adoptar um, eu imaginei desde logo um cão para fazer parte da família. Um cão para conviver connosco. Um amigo para o Pedro e para nós. Sonhámos que crescessem juntos. E é isso que está a acontecer desde que adoptámos o Loubie.
Adoptar o Loubie trouxe-me outro tipo de consciência ao tratamento que é dado no nosso país aos animais de estimação. E com isto não estou a dizer que devemos dormir com os cães ou os gatos na nossa cama. E admito até que não tenham que ter os animais dentro de casa. Desde que eles tenham as condições que precisam para viver no exterior. Não critico, apesar de fazer diferente!
O Loubie está em casa e no jardim. Entra e sai mais ou menos ao ritmo dele e ao nosso também. As regras estão definidas e ele não desobedece. Não vai para o piso dos quartos. Anda livremente no r/c. Mas quando não estamos na cozinha ele também não está autorizado a entrar (imaginem o que seria feito dos bifes ou das cenouras que estivesse em cima do balcão...). Comigo abusa sempre. Eu deixo. Com o Luís não! Já com o Pedro, deixa-o fazer tudo. É uma alegria vê-los juntos.
Comecei a seguir páginas de protecção dos animais e dou por mim diariamente a seguir os apelos de adopção e a querer adoptar todos os animais. Não podemos. E não se trata apenas de dinheiro. Trata-se sobretudo de falta de tempo. Passeamos o Loubie três vezes por dia. E isso já nos tira tempo ao Pedro (um dia ele também irá, mas até lá não pode participar), ao exercício, à leitura, ao meu casulo.
 
Infelizmente não preciso de ver páginas de associações para assistir a algumas atrocidades.
Um dos meus vizinhos tinha sempre o cão preso, numa jaula. Depois de ver o Loubie começou a soltá-lo. Não é todos os dias, mas já é a maior parte do tempo. Melhor assim!
 
Mas um dia, em que eu me indignei com as condições em que esse cão se encontrava, o meu marido disse-me "se achas esse mau, tens que ver aquele!". Não vi nesse dia. Acho que nem ouvi. Mas chegou o dia em que fui espreitar e... Escândalo! Numa jaula pequena, dia e noite, ao frio e ao calor. A cadela não se mexe, mesmo quando me "penduro" no muro e a chamo, ou mesmo quando lhe atiramos água com a mangueira nos dias de calor tórrido. A cadela não se mexe, não ladra. Andei a convencer o Luís a ir falar com os vizinhos, mas ele tem razão quando diz que eles jamais admitirão aos vizinhos que a cadela está em más condições. São pessoas instruídas, sim! Mas a instrução (e o dinheiro, já agora) não lhes trouxe humanidade, nem tão pouco capacidade para tratar um cão ou um gato como um ser vivo! A cadela é um objecto que eles se limitam a alimentar. Também limpam a jaula, é verdade, mas isso não é suficiente.

 
Hoje decidi que vou denunciar. Na impossibilidade de conversar, vou fazer o que está ao meu alcance. Já liguei para a linha SOS Ambiente. Funciona 24h/dia, sempre! É o 808 200 520. Em alternativa também podemos enviar um mail para cepna@gnr.pt. O denunciante decide se quer fazer uma denúncia anónima ou identificada. Só precisamos da morada completa para posterior investigação. É o que está ao meu alcance. E hoje mesmo ficará tratado.
 
Por favor, não esperem tanto tempo. Se virem, souberem de alguma situação destas, denunciem! Os animais não se queixam, não podem ir à polícia... Ninguém é obrigado a tê-los. Mas já que os têm, há que tratá-los com dignidade e humanidade!!!

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Foi bonito, foi!!

Sou tão generosa que vou partilhar convosco o que estou a assistir. Hilariante!!

Saí do centro de saúde e apeteceu-me um café é uma água fresca. Parei perto, numa confeitaria da moda por aqui. Entrou uma família inteira. Quando olhei para eles percebi de onde vinham: um funeral. Estão todos vestidos de preto. Semblantes carregados. Vieram lanchar. E eis que começa.

- Estou tão cansada que nem sei se me hei-de sentar ou se fique de pé.

- Eu também! Se me deito, só me levanto amanhã!

- Pois eu quero um bolo com morangos e chantilly. E tu? Eu cá quero um croissant! E um café. Dois cafés. Um sumol de laranja. Um de ananás. (E por aí fora! Vou poupar-vos esta parte)

- Olha lá! Não achaste bonito? O padre era mesmo simpático. E as flores! E as músicas! Ai que riqueza! Foi mesmo uma cerimónia bonita

(Nota: desculpem, mas não consigo mesmo ver a beleza de um funeral)

- Eu nem tinha fome, mas acho que também vou comer um pastel.

- E "vistes" o x? Tão amigos que eles eram e ele nem me deu os sentimentos. Gente fraca aquela. Sem educação. Colegas?? Aquilo não é nada. Devia ter-lhe dito alguma coisa. Fraco!

- Come e cala-te! Fizeste bem. Come o bolo!

- Eu vou comer o pastel, mas logo só como sopa e fruta!

- Eu vou pagar isto tudo! Hoje é por minha conta!

- O que queria agora era uma piscina. E se comprássemos uma piscina para o quintal?

- Vamos embora! Já está pago.

A criança grita e...
- Fala baixo, que ainda levas na boca!

E assim se faz o rescaldo de um funeral!

Queixinhas... De barriga cheia!!

Passei por aqui para me lamentar. As férias já foram... Aquelas em que se fazem malas, se prepara a roupa de verão, os cremes da praia e se fazem projectos para os dias que vamos passar longe de casa. Pois essas já foram. E, agora que olho para a frente, para a minha agenda, vejo dias, semanas e meses longos, muito longos...

Para o ano vou tirar um mês seguido de férias. Eu até desliguei. Não pensei em trabalho, esqueci todas as passwords possíveis e imaginárias (antes de entrar de férias escrevi-as para que o desastre não fosse total), não respondi a mails. E, ainda assim, regressei com a estranha sensação de que não foi suficiente.

Estou cansada e está a custar-me muito voltar ao ritmo. Não faço exercicio há seculos e isso já se nota... Preciso muito de descansar. A maternidade traz-nos capacidades infinitas (ou mostra-nos que sempre as tivemos), mas faz acumular o nosso cansaço ao ponto de por vezes acharmos que vamos desmaiar exaustas.

Aqui fica o meu lamento. Quero ir de férias outras vez. Sim???


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Nomes

Não sei se já vos tinha dito, mas uma das coisas mais difíceis da minha vida foi escolher o nome do meu filho. Pensar que uma má decisão pode influenciar toda uma vida... Pensar que uma escolha pode ser e pode tornar-se kármica!
O nome de uma pessoa deve dizer alguma coisa sobre ela? Devemos ter algum tipo de identificação com o nosso nome? E com o nome dos outros? Não sei se vos acontece, mas quando não gosto de alguém tenho tendência a não gostar do seu nome!
Quando estava a pensar num nome para o meu filho, tive a curiosidade de ir ver o significado de alguns nomes, mas achei que não ía ser por esse caminho que iria conseguir decidir.
Eu decidi que quem devia escolher o nome do babe era eu. Mas depois achei que o pai também devia ter uma palavra a dizer. Ter um filho e não gostar do seu nome deve ser horrível. Não? Era o que teria acontecido cá em casa. Eu queria que o meu filho se chamasse Tomás e o meu marido não gosta do nome Tomás, porque lhe faz lembrar o cão de um amigo. Ora digam lá se não era lindo sempre que chamasse pelo meu filho??
Sendo assim, decidi que cada um de nós faria uma lista de 8-10 nomes. Fizemos. Depois eu cortei os que não queria mesmo da lista dele. Ele cortou os que não queria mesmo da minha lista (Tomás foi o primeiro que ele excluiu. Eu escrevi-o porque tinha esperança que ele cedesse. Mas não...). Os que sobraram de ambas deram origem a uma lista final e desses fui eu a responsável pela escolha. Andei tanto tempo para escolher o vencedor... Não vou dizer-vos como cheguei ao nome vencedor, mas é uma história muito bonita! Mesmo! E ficou Pedro!

Quando comecei a pensar nos nomes cheguei também à conclusão que isto dos nomes é uma coisa de moda também. Senão, vejamos: na minha turma (há alguns, muitos, anos atrás) havia três Mónicas, duas Sandras, três Susanas, duas Carlas, duas Cristinas e quatro Andreias (mais coisa, menos coisa). Ah! Havia também Raquel. Muito famoso. Como se isto não bastasse, estávamos na era dos nomes compostos. Ou seja, eu sou Ana Isabel, havia Carlas Marias, Carlas Andreias, Mónicas Susanas, Mónicas Cristinas, sendo que Cristina era um nome que conjugava com tudo (assim como Isabel ou Maria). Andreia Cristina. Sandra Mónica. Puxem só pela cabeça. Na época dava para fazer toooooooodas as conjugações. As possíveis e as impossíveis tambem! Dava para tudo. 
Depois, de um dia para o outro, começou a ser parolo conjugar nomes e torná-los compostos. Deus nos livre uma Ana Isabel como eu. Chegou a era da Beatriz, da Leonor, da Francisca, da Maria, da Maria, da Maria, da Constança, da Carolina, da Maria, da Maria e da Maria. Depois vieram a Matilde, a Inês (por acaso acho que a Inês chegou antes), a Caetana. Mas, nada de conjugar nomes. Ok? 
Tal como disse, modas! 
Ainda assim é possível tudo. Um dia estava no Hospital de Gaia à espera de uma consulta e um casal começou a ler os nomes num poster na parede. Quando chegou à Cónstánça (acho que pronunciaram assim) acharam horrível. E descobri depois que queriam que a filha se chamasse Yasmin Sofia. Sendo que para mim Yasmin será sempre nome de contraceptivo, a Cónstánça parecia-me uma opção melhor.

Há nomes que gosto. Há nomes que não gosto. Mas jamais critico um nome, porque acredito que um pai e uma mãe escolhem o nome de um filho com a melhor das intenções e acreditando que estão a dar o melhor nome ao seu filho. Mas que há modas tramadas, há! E se conhecerem bebés Carlas, Susanas, Sandras, Cristinas, Mónicas, Andreias ou Anas Isabeis, avisem-me, porque parece que se evaporaram para todo o sempre!

terça-feira, 14 de julho de 2015

Luxos #1

Acho que nunca vos tinha dito (andava tão preocupada com as pechinchas que me esqueci dos pequenos luxos) que de vez em quando (já foi quase sempre) gosto de ir à Loja de Fábrica da Ach Brito comprar sabonetes e velas e ambientadores e creme de mãos e tudo o que há, basicamente.
Depois de muito tempo (demasiado tempo) sem lá ir, eis que ontem resolvi parar e ir dar largas à carteira. Quando lá chego tenho sempre vontade de comprar todos os sabonetes, com embalagens tão fofinhas, papéis mimosos, lacrados, com precisão milimétrica. Adoooooooro! E o cheirinho? Ai que aqueles sais de banho são uma loucura. Então começo a encher o cestinho com coisas e mais coisas e mais coisas. Depois verifico que estou prestes a cometer suicídio financeiro e tiro metade.
Assim, ontem comprei um sabonete líquido e creme de mãos com a mesma fragrância para o WC social. Cheira tão bem que comprei um sabonete para o banho igual. E mais sete sabonetes para o banho. Sim! Sete. Precisava de ter comprado tantos? Não! Mas comprei! Pronto! Já está!
Depois comprei outro sabonete líquido para a cozinha. Há lá coisa pior do que lavar as mãos a toda a hora com detergente da louça (a menos que tenhamos estado a barrar uma forma de bolos com manteiga. Aí, minhas queridas, detergente da louça em força antes que a gordura se entranhe na alma!)? Vai daí comprei um sabonete líquido de pêra, ligeiramente cítrico e fresco, que achei mesmo ideal para a cozinha. E estava a um bom preço. Vá! Senão teria comprado um de Verbena (que é a vela que tenho neste momento no parapeito da janela da cozinha...), mas tinha gasto mais um balúrdio.
 
Também comprei uma vela. Adoro as velas que compro lá. São maravilhosas. Têm um cheiro divinal, que se mantém sempre e a vela queima toda. Não é daquelas ranhosas que queimam o meio e o resto da cera fica toda colada ao vidro. Não! Que isto de se pagar qualidade também tem os seus benefícios. (Acabei de verificar que na fotografia não aparece a vela. Esqueci-me... Mas prometo deixar-vos aqui uma fotografia quando já estiver a meio, para que vejam com os vossos próprios olhinhos a verdade que vos escrevo.)
Fiquei de olho nos ambientadores. Mas não comprei. São caros. Estou certa que valem cada cêntimo, tal como estou certa que uma massagem ou duas por semana valem cada cêntimo. Mas as minhas certezas nem sempre se convertem em € e, como tal, não comprei!!!
 
Depois de tudo isto, se ainda não estão convencidas, deixem-me dizer-vos, caso não saibam, que a Ach Brito é uma empresa portuguesa. Tem a sua fábrica em Vila do Conde (próximo do Outlet) e esta loja de fábrica está aberta ao público todos os dias e não fecha à hora de almoço.
 
Vale mesmo a pena conhecer e, caso possam, experimentar os produtos. Explorem o site aqui. Lá vão encontrar TODAS as informações sobre a empresa, os produtos, a loja de fábrica, os contactos. E não estranhem. Lá vão encontrar referência não só à marca Ach Brito, como à Confiança, como à Claus Porto. Tudo marcas Ach Brito. Cada uma para o seu segmento. A Oprah (sim, a apresentadora de TV americana já experimentou) ficou fã e nós devemos valorizar o que temos bom.
 
Espero que gostem!

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Atirem pedras, que eu vou ao SPA e já volto!

Hoje é dia 13 de Julho.
Digo isto para que fique registado para todo o sempre que hoje voltei a trabalhar depois das (mais do que merecidas) férias de Verão. Não gosto particularmente de ir de férias no final de Julho. Muito menos em Agosto. Aliás, deixem-me reformular isto! Adooooooro ir de férias. Seria feliz se não trabalhasse. Mesmo que fosse obrigada a marcar férias em Agosto, gostaria muito das minhas férias. Mas a minha preferência não é ir de férias durante esse período. E é mesmo por isso que, quando ainda todos se arrastam porque não tiveram férias, eu já fui. Já tenho a leveza das férias nos ombros. Mas olho para a frente e vejo longos meses de trabalho até ao próximo intervalo! Hoje estou f%>*$+!!! Custou-me imenso e queria muito que me tivesse saído o Euromilhões. Para nunca mais trabalhar! Sim! Deixaria de trabalhar sem qualquer peso na consciência. Ok??
Este ano (e vai haver por aí pessoas loucas com o que vou escrever. Uiiiii... Vão achar-me uma ingrata!) não posso dizer que tenha tido férias a sério. Não venham cá com histórias nem me chamem nomes, mas ir de férias para uma casa com um filho de 19 meses não são férias. E a culpa é minha. Não! Não ponho o meu filho a dormir na praia, à sombra. Não, não ponho o meu filho a comer comida de restaurantes todos os dias. Não, não lhe dou boiões de fruta quando a fome aperta. Nem levo empregada comigo (porque o meu orçamento não permite. Apenas! De outra forma teria um batalhão. Só para mim.)
Fui para o Algarve. Para uma casa espectacular, com piscina, sem vizinhos, numa zona maravilhosa e que eu adoro. Mas o meu filho tem horários para dormir, que respeito, come sopa feita por mim e papa de fruta fresca ao lanche. Vá! Devaneios à parte, levei a Bimby... Ajudou imenso. Na sopa, na papa de fruta, na limonada, no granizado de espumante e frutos vermelhos, no granizado, no granizado... Mas tive que lavar a Bimby depois de cada utilização. E pôr a mesa. E levantar a mesa. Ah! E fazer a cama. E varrer o chão. Com um cão em casa, há que ser asseada e varrer e lavar o chão todos os dias. Paranóias? Pode ser! Mas faço-o em casa todos os dias e aquela foi a minha casa por 10 dias. E, reafirmo, isso não são férias. Isso é mudar a localização da nossa existência por uns dias. Já é bom! Sim! Mas não são férias. Toda a gente (menos as cabras que me odeiam. Essas não merecem nadinha!) devia ter direito a umas férias a sério. Ir para um hotel, ter o pequeno almoço, o almoço, o lanche, o jantar, a ceia, e tudo e tudo e tudo prontíssimo e à disposição do apetite (mastigar já dá trabalho que chegue...). A cama feita no regresso da praia. A casa de banho limpa e cheirosa para um banho relaxante. Um SPA à disposição (há lá melhor que uma massagem relaxante??). 
Acusem-me do que quiserem, mas isso para mim são ferias. E não mudo de ideias. E digo-vos mais (e agora atirem as pedras que a minha carapaça aguenta!). Preciso, aliás, precisamos, de uns dias sem o little P. O meu filho é a minha obra prima. O melhor que já fiz. A melhor criação da minha existência. Amo o meu filho de uma forma inexplicável. Amo-o como nunca amei. Daria a minha vida por ele sem qualquer hesitação. Mas, só vou ter uns dias de férias verdadeiras quando estiver sozinha com o meu marido. Com o baby, é a piscina, são os degraus, é o canteiro, são as ondas, é a espreguiçadeira... Só perigos à espreita. É a hora de almoço que está a chegar e ele cheio de sono. Foi a sesta que acabou e eu nem um mergulho dei. É a hora do lanche. E do jantar? Quando a praia está boa e a piscina perfeita para um mergulho, há que dar banho ao puto e convém que alguém já esteja a fazer o jantar porque ele grita "PÃO!" como se o estivessem a matar à fome... Eu já era mulher. Sozinha e acompanhada quando o meu filho nasceu. E o meu filho será mais feliz se eu for uma mulher feliz. Por isso, terei que passar uns dias (dois... Que fico a morrer de saudades e ligo a toda a hora...) sozinha, cedendo espaço apenas ao meu casamento! Chamem-me egoísta. Ou outra coisa qualquer. Who cares?

Pois bem, hoje o dia custou a passar, mas vou ali abrir o catálogo de hotéis de 5* com SPA para fugir uns dias. Até la, vou jogando no Euromilhões para me reformar de vez!!!