sexta-feira, 17 de julho de 2015

Nomes

Não sei se já vos tinha dito, mas uma das coisas mais difíceis da minha vida foi escolher o nome do meu filho. Pensar que uma má decisão pode influenciar toda uma vida... Pensar que uma escolha pode ser e pode tornar-se kármica!
O nome de uma pessoa deve dizer alguma coisa sobre ela? Devemos ter algum tipo de identificação com o nosso nome? E com o nome dos outros? Não sei se vos acontece, mas quando não gosto de alguém tenho tendência a não gostar do seu nome!
Quando estava a pensar num nome para o meu filho, tive a curiosidade de ir ver o significado de alguns nomes, mas achei que não ía ser por esse caminho que iria conseguir decidir.
Eu decidi que quem devia escolher o nome do babe era eu. Mas depois achei que o pai também devia ter uma palavra a dizer. Ter um filho e não gostar do seu nome deve ser horrível. Não? Era o que teria acontecido cá em casa. Eu queria que o meu filho se chamasse Tomás e o meu marido não gosta do nome Tomás, porque lhe faz lembrar o cão de um amigo. Ora digam lá se não era lindo sempre que chamasse pelo meu filho??
Sendo assim, decidi que cada um de nós faria uma lista de 8-10 nomes. Fizemos. Depois eu cortei os que não queria mesmo da lista dele. Ele cortou os que não queria mesmo da minha lista (Tomás foi o primeiro que ele excluiu. Eu escrevi-o porque tinha esperança que ele cedesse. Mas não...). Os que sobraram de ambas deram origem a uma lista final e desses fui eu a responsável pela escolha. Andei tanto tempo para escolher o vencedor... Não vou dizer-vos como cheguei ao nome vencedor, mas é uma história muito bonita! Mesmo! E ficou Pedro!

Quando comecei a pensar nos nomes cheguei também à conclusão que isto dos nomes é uma coisa de moda também. Senão, vejamos: na minha turma (há alguns, muitos, anos atrás) havia três Mónicas, duas Sandras, três Susanas, duas Carlas, duas Cristinas e quatro Andreias (mais coisa, menos coisa). Ah! Havia também Raquel. Muito famoso. Como se isto não bastasse, estávamos na era dos nomes compostos. Ou seja, eu sou Ana Isabel, havia Carlas Marias, Carlas Andreias, Mónicas Susanas, Mónicas Cristinas, sendo que Cristina era um nome que conjugava com tudo (assim como Isabel ou Maria). Andreia Cristina. Sandra Mónica. Puxem só pela cabeça. Na época dava para fazer toooooooodas as conjugações. As possíveis e as impossíveis tambem! Dava para tudo. 
Depois, de um dia para o outro, começou a ser parolo conjugar nomes e torná-los compostos. Deus nos livre uma Ana Isabel como eu. Chegou a era da Beatriz, da Leonor, da Francisca, da Maria, da Maria, da Maria, da Constança, da Carolina, da Maria, da Maria e da Maria. Depois vieram a Matilde, a Inês (por acaso acho que a Inês chegou antes), a Caetana. Mas, nada de conjugar nomes. Ok? 
Tal como disse, modas! 
Ainda assim é possível tudo. Um dia estava no Hospital de Gaia à espera de uma consulta e um casal começou a ler os nomes num poster na parede. Quando chegou à Cónstánça (acho que pronunciaram assim) acharam horrível. E descobri depois que queriam que a filha se chamasse Yasmin Sofia. Sendo que para mim Yasmin será sempre nome de contraceptivo, a Cónstánça parecia-me uma opção melhor.

Há nomes que gosto. Há nomes que não gosto. Mas jamais critico um nome, porque acredito que um pai e uma mãe escolhem o nome de um filho com a melhor das intenções e acreditando que estão a dar o melhor nome ao seu filho. Mas que há modas tramadas, há! E se conhecerem bebés Carlas, Susanas, Sandras, Cristinas, Mónicas, Andreias ou Anas Isabeis, avisem-me, porque parece que se evaporaram para todo o sempre!

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