quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Há dias assim

Há dias assim. Em que as decisões se precipitam. Em que o céu cai sobre nós. Em que as tempestades não páram. Em que estamos inconsoláveis sem que ninguém possa mudar o rumo da nossa depressão.
E depois há dias assim. Em que o sorriso não sai do rosto. Em que os nossos olhos brilham de felicidade. Em que a incerteza do que nos espera é a fonte da adrenalina que nos faz, finalmente, viver, em vez de sobreviver. Em que a simples esperança num futuro feliz é o melhor dos presentes.
Há dias assim. Em que nos cruzamos com pessoas diferentes. Em que nos esperam momentos diferentes.
Há dias assim. Em que nos sentimos importantes. Em que nos sentimos essenciais a alguém. A alguma coisa. E é...
Há dias assim... Felizes!
Beijos e ron rons lunares,
Borboleta

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Arrebatador


Hoje escrevi e apaguei vezes sem conta várias linhas do meu blog. Não sei porquê. Talvez um turbilhão de ideias me passe constantemente pela mente. Talvez um turbilhão de sentimentos me passe sem parar pelo coração. A única coisa que sei é que tenho que escrever. E tenho que escrever porque o que penso e o que sinto neste momento é arrebatador. Até quando escrevo sobre coisas fúteis, escrevo de forma arrebatadora (o que seria da nossa vida sem uma futilidade de vez em quando?). Imaginem então o que acontece quando penso sobre problemas concretos, meus e dos outros. Quando tenho sentimentos reais, meus e dos outros.

Tudo é arrebatador na minha vida. E é óptimo, maravilhoso, fantástico. Como alguém diz "bom demais". Porque o coração bate descompensadamente, as vontades tornam-se imperativas de realizar, os desejos multiplicam-se, os sorrisos acontecem e o tempo parece parar!

E é então que começo a escrever. Ao ritmo a que bate o coração. Ao ritmo a que a música toca. Porque a verdade é que a vida é uma banda sonora incompleta e incerta. Os ritmos alteram-se constantemente, a tristeza e a felicidade transformam-se em letras cujas palavras ganham alma. E só faz sentido quando é arrebatador. Mesmo que seja uma confusão arrebatadora. Porque sei que escrevendo o caminho aparece iluminado. As soluções pesam mais que os problemas. E os turbilhões passam a ser, afinal, uma montanha russa de emoções fortes que ficarão para sempre na memória de quem sente.


Beijinhos e ron rons lunares,
Borboleta