segunda-feira, 30 de março de 2015

Um segredo de Génio...

Quando engravidei e pensei no que faria quando regressasse ao trabalho, cheguei rapidamente à conclusão que preferia de longe que o meu filho fosse para um berçário. Porquê? Isso dará outro texto, polémico q.b. e por isso deixo para outro dia. Voltando ao início, depois da decisão tomada, era preciso encontrar o lugar certo para deixar o meu filho. Perto de casa tinha poucas referências. E tinha que ser perto de casa. Como sabem, não tenho um local de trabalho fixo e, como tal, não poderia sujeitar o bebé a andar de um lado para outro. Comecei a procurar. Na internet, em chats de mães, li de tudo um pouco. Acabei por visitar poucos. E dos que visitei gostei de um. Depois marquei visita para o meu marido lá ir. E escolhemos.
 
Dessa visita fiquei com algumas impressões que me deixaram tranquila.
1. Achei que todas as crianças estavam felizes quando lá entrei. Genuinamente felizes por estarem ali, naquele lugar, com aquelas pessoas.
2. Estava tudo LIMPOOOOOO. Como sabem sou um "bocadinho" paranóica com isso. Até a cozinha. Impecavelmente organizada (era quase hora de almoço).
3. Achei que estava tudo arejado, iluminado, com boa energia.
 
Enfim... Algo me disse que era um bom lugar.
 
Fiz a pré-inscrição às cegas. O Pedro nasceu. Passou-se a licença de maternidade. E em plena depressão pós-parto chegou o dia de ir com o Pedro pela primeira vez. Tínhamos combinado que eu ficaria lá com ele os primeiros dias, caso víssemos que havia necessidade. E assim foi. Claro que o Pedro estranhou. Claro que o Pedro chorou. E muito. Claro que me custou horrores deixá-lo lá a primeira vez. E a segunda. E a terceira. E as primeiras semanas. Mas via que o Pedro ganhava confiança a cada dia que passava. Via a forma como ele ficava ao colo da educadora dele. Via o carinho com que ela o tratava, com que ela o abraçava. E comecei a relaxar. E depois vieram os pormenores. O Dia do Pijama, a festa de Natal, o Carnaval, o Dia dos Namorados, o Dia do Pai. Não imaginam as coisas maravilhosas que fazem lá. Não imaginam a forma como colocam os pais a interagir com as actividades das crianças. E não fazem a mais pequena ideia das recordações que fazem para os pais.
 
Resumindo? Estou muito feliz com a escolha que fizemos para o Pedro. Nada paga a felicidade dele quando chega lá. E nada paga a alegria estampada no rosto quando o vamos buscar. Sei, porque sei, que o Pedro é feliz lá. E não! Não é o colégio XPTO, com piscina aquecida, campo de 1000 jogos ou luxos. Mas sim! É o colégio com as pessoas perfeitas, carinhosas, amorosas, competentes. O único onde imagino o Pedro. Chegou a hora de revelar este segredo. Chama-se "Génios em Marcha" e fica em Valadares, Vila Nova de Gaia!

sábado, 28 de março de 2015

Cheesecake de Nutella

Vamos cá esclarecer uma coisa, eu estou constantemente de dieta. Sempre! Semana sim, semana sim. E depois aproveito qualquer oportunidade para estragar todas as dietas. Aiiiiiii meu Deus. Lá vou eu ter que ir correr para queimar algumas gorduras.
 
Vejamos. O meu marido é louco por Nutella, falou-me desta receita e lá fui eu comprar os ingredientes para a sobremesa de amanhã. Como é dia de Ramos, os padrinhos do Little P. vêm cá almoçar. Vamos lá criar tradições...
 
Basicamente estamos a falar de um cheesecake de Nutella. Um cheesecake de forno, altamente calórico, que deve ser feito no dia anterior ao dia em que é servido, uma vez que deve passar algumas horas no frigorífico. E, como não sou invejosa, e preciso muito de aliadas e aliados nas minhas loucuras gordas, aqui vai a receita:
 
Pré-aquecer o forno a 180º.
(Nota: Todos os ingredientes deverão estar à temperatura ambiente de modo a facilitar a mistura)
 

Base:

250 gr de Oreo
80 gr de manteiga sem sal
 
Tira-se o recheio das bolachas Oreo (descarta-se. Não se aproveita para nada, a menos que queiram ingerir o recheio antes do cheesecake... Nãaaaaaaaaaoooo).
Picam-se as bolachas na picadora.
Derrete-se a manteiga sem sal e junta-se à bolacha picada. Deve picar-se mais um pouco para ficar bem misturado.
 
Coloca-se o preparado numa forma (daquelas que se abrem para desenformar), espalma-se e leva-se ao forno (pré-aquecido a 180º) durante 13 a 15 minutos.
 

Recheio 1:

1 kg de queijo creme
200ml natas
200 gr açúcar
2 colheres de sopa de essência de baunilha (eu usei 1,5)
4 ovos
 
Ao queijo creme juntam-se as natas e bate-se com a batedeira.
A essa mistura junta-se o açúcar, a essência de baunilha e os ovos, um a um, sem parar de bater.
 
Quando o preparado estiver homogéneo, separa-se 1/3 do mesmo e reserva-se o restante.
 

Recheio 2:

1/3 do preparado anterior
200 gr de Nutella
2 colheres de sopa de Natas
 
Ao 1/3 do preparado do Recheio 1 adiciona-se 200 gr de Nutella (aconselho a amolecer uns segundos no microondas para ser mais fácil a mistura) e 2 colheres de sopa de Natas. Deve bater-se tudo com a batedeira até ficar um creme homogéneo (em tudo idêntico ao recheio 1)
 
Nesta fase já a base deverá estar quase fria (13-15 minutos passam depressa)
Imediatamente em cima da base coloca-se o recheio 1. Depois o recheio 2.
 
Vai ao forno a 150º por 45-55 minutos (como a minha forma estava bastante cheia, resolvi deixar 55 minutos). Quando acabar o tempo, deixa-se o cheesecake dentro do forno (SEM ABRIR O FORNO) por mais 1h.
 
Depois desse tempo retira-se do forno e deixa-se arrefecer completamente ainda na forma.
Só depois de frio deve desenformar-se.
 
 

Cobertura:

200 gr de Nutella
75 ml de natas
 
Às 200 gr de Nutella adiciona-se os 75 ml de Natas ligeiramente aquecidas (facilita bastante a mistura). Daqui resulta um creme brilhante com o qual se deve cobrir o cheesecake.
 
Passa a noite no frigorífico e decora-se a gosto antes de servir (ex: raspas de chocolate, avelãs trituradas, amêndoas caramelizadas...)
 


Agora vamos lá dormir, que amanhã tenho um dia cansativo...
E experimentem. Não quero ser a única a comer estas coisas!!!





Pechincha #1 e #2, pechincha #3 e #4

"A necessidade aguça o engenho" ou "Quem não caça com cão, caça com gato" são ditados populares que querem apenas mostrar que as pessoas procuram soluções quando não podem ou não devem continuar a fazer/comprar/consumir o que querem/gostam.

Todos sabem que sou para lá de fiel a algumas coisas. E as coisas boas são mesmo dificeis de deixar para trás. Mas essas mesmas coisas boas são também caras e a velocidade a que as consumia não é compatível com a velocidade a que o meu dinheiro sai da conta bancária nos dias de hoje. Assim, depois de ler em alguns blogs algumas considerações/opiniões sobre alguns produtos, resolvi experimentar. E hoje vou desvendar uma marca e quatro pechinchas. Vamos lá criar uma rubrica de pechinchas no blog...

CATRICE:

Nunca tinha ouvido falar desta marca, até que li num blog de maquilhagem que o primer era óptimo. Claro que fiquei curiosa, mas sinceramente não coloquei a hipótese de experimentar. Porquê? Ahhhhhh. Porque haveria de querer experimentar se alternava entre o primer Estée Lauder e o primer MAC? Toda a minha maquilhagem é (era) destas marcas. Há muitos e muitos anos que o tratamento de rosto é confiado à Estée Lauder. E adooooooooro!
Bom, mas vamos à pechincha. Isto passou, até que li num outro blog sobre o pó matificante da... Catrice, pois claro. E? Adivinhem? Não coloquei a hipótese de experimentar!

Mas (e há sempre um mas...), o meu pó acabou. O meu primer foi-se. Tinha que comprar outros. Mas (e como já disse, há sempre um mas...) aqueles que usava eram demasiado caros e eu não estava disposta a comprá-los outra vez. Pelo menos, para já. Um dia, quem sabe?

Fui a uma Well's (a Catrice vende-se nas lojas Well's) e comprei. Assim de olhos fechados. Resolvi dar uma hipótese aos produtos e algum crédito às bloggers (não acham que fiz bem? eheheheh). Comprei o primer e o tal pó. Comecei a usar e passei a fã num abrir e fechar de olhos. Já comprei várias caixas de pó, porque uso todos os dias e acaba-se rapidamente. O primer dura mais tempo porque não uso todos os dias. A minha base é muito boa e só uso primer quando vou  uma festa ou sei que vou ter um dia mais longo. Chamam-se "Prime and Fine Mattifying Powder Waterproof" e "Prime and Fine Pore Refining and Anti-Shine Base".

Depois procurei saber mais sobre a marca. Afinal de contas já estava consumidora. Se estiverem interessadas, há um pormenor digno de mencionar: a Catrice não realiza nem autoriza qualquer tipo de testes em animais para desenvolver os seus produtos. E tal aplica-se tanto aos produtos como aos ingredientes, já que é exigida uma declaração por escrito aos fornecedores certificando que os ingredientes são manufacturados sem serem testados em animais. Não é maravilhoso??

Um dia fui à Well's comprar umas coisas para o little P. (estavam em promoção) e resolvi olhar a sério para a montra Catrice. Como sou doida por sombras de olhos (DOIDA é mesmo o termo!), olhei, olhei, olhei e resolvi comprar uma que se chama "Liquid Metal" e que agradável surpresa... A sombra é maravilhosa. Espalha-se bem, fica com um look acetinado e, mais importante, não parte durante o dia. Fica intacta. No primeiro dia não usei a minha habitual base de sombra para aferir a real durabilidade e ao final do dia estava quase igual. Melhor que tudo? Não custa os 17€ das sombras da MAC ou os perto de 20€ das Estée Lauder ou Dior.
 

A rendição tinha começado. Era possível comprar produtos eficazes, que não provocassem alergias ou incómodos, a preços acessiveis. E por isso resolvi experimentar os vernizes que prometem um efeito gel (também li sobre isso num Blog). Lá fui eu comprar a base, o verniz e o top coat. Porque comprei os 3 de uma vez? Porque estes 3 produtos ficaram ao mesmo preço que um só verniz da Essie, ou apenas uma base Essie, que é a marca que já uso há anos. E já para não dizer que estes 3 produtos ficam por quase metade do preço que apenas o Top Coat que eu uso (é da O.P.I.). Valia a pena experimentar. Não? Aqui tenho a dizer também que o efeito e a duração é a mesma que tinha antes, com Essie e O.P.I., mas agora muito mais barato. Só não gostei da base. Nem na aplicação, nem depois de remover o verniz. Achei que as minhas unhas estavam amarelas, o que não acontece com a outra base. Assim, vou voltar à base da Essie nas cores escuras e gastar esta nas cores claras. O verniz é muito bom, brilhante e aplica-se facilmente... E estas fotografias tem uma semana de diferença entre elas. Não estão bonitas?

 
Em relação aos preços. Comecem os tambores a rufar, por favor!!!
 
Sombra: +/- 4€
Base+Verniz+Top Coat: +/- 11€ (devem ser +/- 3,50€ cada um...)
Pó Prime and Fine Mattifying: +/-5 ou 6€
Prime and Fine Pore Refining Base: +/- 5ou 6€
 
Quem é amiga, quem é??

segunda-feira, 23 de março de 2015

A idade não escolhe amores...

Estamos na era em que se fala de tudo abertamente. As pessoas deixaram de ser recatadas. Falam de sexo, das suas aventuras, das suas viagens. Mostram até mais do que são.
Se acho mal? Nem mal, nem bem, desde que isso não me afecte.
O que me afecta é que nesta era em que se fala de tudo e toda a gente tenta mostrar que não é preconceituosa, aparece qualquer coisa que nos puxa à realidade e mostra o mundo mesquinho em que vivemos.
Ora bem, este paleio todo porquê? Porque na capa de uma revista cor-de-rosa da semana passada aparece a fotografia de um casal que casou em segredo. Até aqui tudo lindamente. Casaram, são felizes, têm uma família. O que não está bem é ao lado de cada um dos nomes estar entre parêntesis a idade de cada um deles. Porquê? Porque na capa da revista focam desde logo, não o casamento ou a felicidade do casal, mas sim a diferença de idades entre eles, sendo que neste caso a mulher é mais velha do que o homem.
A identidade do casal não me interessa para nada. E a mim também não me interessa a idade deles. Nem me parece que isto devesse ser assunto de capa. Afinal, qual é a diferença se eles têm a mesma idade ou não? Ou se ele é mais velho e ela tem idade para ser filha dele, ou se ela é mais velha e ele está a aproveitar-se da fama, do dinheiro ou de qualquer outra coisa?
O preconceito é feio! Turva a visão das pessoas. Afasta-as do que é mais importante. E sim! Eu sei do que falo! Já vivi um relacionamento em que a diferença de idades era grande. Sentia os olhares, sentia os rumores. Nunca me incomodou. Mas incomodava alguns seres, como se isso afectasse a sua vida de alguma forma. Definitivamente há gentinha muito preocupada com a vida dos outros, associando essa preocupaçãozinha barata aos preconceitos sociais!
Na sexta-feira um qualquer meio de comunicação social anunciou o fim do namoro do Bradley Cooper. E na sua página de facebook logo uma senhora escreveu "a diferença de idades era tão grande..." Porra! E os casais com a mesma idade? Não se separam? São felizes para sempre?
Ah! Pois, bem me parecia!
O amor acontece, minha gente! A idade, o género, a raça, a religião, são características. Pormenores que definem a pessoa individualmente e que podem misturar-se como bem se entender sempre que duas pessoas se juntam. Uma relação não pode definir-se por nada disto. Apenas o AMOR é condição imprescindível. E, nem o amor escolhe a idade, nem a idade escolhe o amor...

quinta-feira, 19 de março de 2015

Dia do PAAAAAAAAAI

É inevitável hoje! Dia do Pai. Tenho mesmo que falar sobre isto.

Em dias como o de hoje sinto um aperto tão forte. Sinto um nó na garganta. Já me caíram umas quantas lágrimas. Tenho saudades! Sinto a falta do meu pai. Não hoje, mas sempre. Nos momentos felizes, nos mais tristes e angustiantes. Sinto falta até do que não vivi com ele. Do colo que ele poderia dar ao little P., dele no meu casamento, dele a acariciar a minha barriga durante a gravidez, dele a segurar a minha mão enquanto fazemos passeios nesta baixa do Porto tão cheia de vida, dele a cantar a música da moda, dele a dançar disparatadamente no S. Pedro. Dele a querer ter a família debaixo da sua asa protectora em todos os momentos. Dele a resolver todos os nossos problemas, fáceis ou difíceis. Dele a arrumar a mala do carro quando pensamos que não cabe mais nada lá dentro. Dele com a máquina fotográfica ao peito em qualquer lugar por onde viajamos. Dele a querer conhecer o mundo com a mesma ansiedade e curiosidade de um miúdo de 18 anos. Dele num festival a beber uma caipirinha. Dele querer sair à noite comigo. Dele querer fazer TUDO comigo. E quantos passeios de mota terão ficado por fazer?

É fodido ficar sem um pai! Mas, garanto-vos, é muito fodido ficar sem um pai assim, como este que a vida me ofereceu. Mantenho as saudades, mas aprendi a aceitar que a mesma vida que mo deu, mó tenha tirado tão cedo. Aceito! Mas não gosto! Aceito, mas sofro! Aceito, mas as saudades apertam!

Tenho um marido que adora agarrar o little P. Que lhe muda a fralda, que lhe dá banho, que lhe faz o jantar, que lhe dá de comer, que lhe dá beijos, que o faz rir e soltar as gargalhadas mais doces do mundo. Tenho um marido que é pai do meu filho, e hoje vivo este dia com um sorriso de orgulho pelo sorriso que o meu filho abre quando vê o pai. Ou quando ele diz "papá". Ou quando faz uma festa na cabeça ao pai. 

Hoje é dia do Pai e misturo a alegria com a saudade. O sorriso com as lágrimas.
Hoje é dia do Pai e festejo o meu e o do meu filho.

Still hurts!

quarta-feira, 18 de março de 2015

mal me quer, bem me quer

Há todo o tipo de pessoas por aí. Boas, más, simpáticas, nojentas, arrogantes, burras, parvas, melosas, doces...
Confesso que há pessoas com quem "o meu santo não cruza" desde o início. E acaba-se todo o potencial de relação nesse mesmo instante. Há outras sobre quem não se consegue formar uma opinião. E a essas, geralmente, dou o benefício da dúvida. Até porque, se não me derem a mim benefícios de dúvidas, estou tramada!! Eheheheheh. E há aquelas de quem se gosta logo, com quem se quer estar sempre, porque nos transmitem coisas boas, vibrações positivas, calma e sabedoria.
 
Hoje estou triste. Fui mal tratada por alguém que não tem qualquer tipo de justificação para fazê-lo. Alguém a quem dei o benefício da dúvida. Alguém que não é carne, nem é peixe, mas que achei que poderia valer a pena tentar. Não! Não! Não! Não vale. Há pessoas tão más por aí. Calcaram os meus calos. Acho melhor não escrever mais nada... Imaginem só!

Por outro lado, hoje estou feliz. Há uns tempos "reencontrei" uma pessoa no facebook que já não vejo há anos. 15, 16? E não é que essa pessoa me surpreendeu hoje com convites para um concerto para bebés na Casa da Música? O little P. vai adorar. E no mesmo dia vou estar com alguém que já não vejo há tanto tempo, que a vida separou, que o facebook juntou, e que a essência não mudou! Há pessoas verdadeiramente especiais. Pessoas com quem vale a pena falar. Em quem vale a pena investir tempo e emoções. Que não nos desiludem.

A tristeza que sinto pela existência de pessoas tão despreziveis hoje foi superada em muito pela felicidade de uma surpresa proporcionada por uma pessoa tão carinhosa. Obrigada Teresa! Este é um episódio digno de registo aqui no casulo, para que o meu filho conheça e saiba que o "essencial é invisível aos olhos"! És uma querida e estou grata à vida por ter cruzado de novo os nossos caminhos! Beijinhos



A imagem do casulo no facebook




Esta semana, nasceu a página de facebook do casulo-seguro.
A página já estava criada há muito, mas eu queria que houvesse uma imagem associada. O blog é meu. As palavras, sentimentos, descrições, pensamentos são meus e só meus. Mas não fazia sentido associar esta página apenas a mim. Existe uma história do casulo. O casulo foi criado numa altura da minha vida com um propósito e foi crescendo, foi mudando (pouco porque eu também não mudei assim tanto), foi abordando outros assuntos. E tudo isso merecia uma imagem própria.

Eu sigo no facebook uma página que se chama "Mães", que, como o próprio nome indica, é de mães e para mães. Onde se questiona, sugere, divulga, opina. E foi lá que descobri a Bárbara Cabral. A Bárbara publicou um post com fotografias de alguns trabalhos dela, para o caso de haver interessados. Gostei do que vi. Enviei-lhe uma mensagem a pedir orçamentos. Ela respondeu-me logo, chegamos a um acordo (fácil, fácil) e no dia seguinte já tinha um mail com uma sugestão. Das poucas palavras que lhe escrevi sobre o que imaginava para o casulo-seguro, ela captou a essência e não foram necessários grandes ajustes para chegarmos à minha imagem favorita. Foi assim que nasceu a fotografia de perfil da nova página de facebook do casulo-seguro. Em breve surgirá uma para a capa e, com o tempo, espero que a fotografia de hoje, à semelhança do blog, também evolua. Porque a vida não pára, este blog não deverá parar também.


Assim, caso tenham gostado da imagem que escolhi para retratar o casulo e precisem de imagens, logos, convites, ilustrações, enfim... Caso precisem, eu darei o contacto da Bárbara!

Obrigada Bárbara!

terça-feira, 17 de março de 2015

Pontinha de Inveja

Então ainda ontem estava a escrever sobre a Gisele Bundchen e hoje recebo a notícia de que a miúda vai reformar-se?
Pois é! Não é para qualquer um, não senhora! Com esta idade, com este corpinho maravilhoso, com esta carinha laroca e com esta conta bancária tão simpática, a lady vai fazer o último desfile da sua carreira em S. Paulo, durante o mês de Abril. Não vou mentir. Estou a roer-me de inveja. E, de forma aleatória, sem qualquer ordem específica, enumero as razões para esta invejinha toda (e não venham cá dizer-me que é feio ser-se invejoso. Eu sei que é, mas não resisto!):
- Corpo - Esta mulher, mãe de dois filhos, tem um corpo invejável. Não sei se é dieta rigorosa, retoques cirúrgicos, exercício físico de morrer. Sei lá! E o que interessa isso? Ela é maravilhosa! Ponto! Não é caso para uma pontinha de inveja? É!!
- Carinha laroca - Não é gira todos os dias? Esta é daquelas que deve acordar gira, fresca, pronta para sair de casa. E olhem que isso é ser-se bonita! Eu confesso que preciso de produção diária para sair de casa. Não é assim só levantar e vamos embora! Mantém-se a pontinha de inveja!
- Simpatia da conta bancária - Ora bem, não vou dizer que não era preciso tanto... Era! Era! Ok! O dinheiro não traz felicidade? Está bem. Directamente não traz, mas dá cá uma ajuda... Desculpem, mas já agora que não viesse apenas metade, que viesse tudo, porque eu tenho onde gastá-lo. É das coisas que mais tenho para fazer. Nem precisava de me esforçar muito. Gosto do que é bom. E o que é bom, costuma ser caro! Easy!
 
Muito bem, nesta fase, e juntando todas as pontinhas de inveja que se acumularam nas últimas frases, estou carregadinha de inveja da rapariga. Até porque se avizinham ainda longos anos de trabalho até que possa chegar à minha reforma miserável, se ainda houver nessa altura!

Além do mais, ao longo da minha (ainda curta) vida, já tive que me habituar a viver sem a Cindy Crawford, a Claudia Schiffer, a Linda Evangelista, a Naomi Campbell, nas passerelles. Como sobrevivemos agora à reforma da Gisele? Não sei! Mas vai ser difícil. Para nós, porque para ela a vida vai começar!!!!!

P.S. Pensei juntar aqui uma fotografia da Gisele, mas ficam com a minha do casulo que já está bom!!

segunda-feira, 16 de março de 2015

O dia depois da Corrida

Não sei se estão lembrados de ter dito que não me tinha preparado minimamente para a Corrida do Dia do Pai. Mas assim foi. E apesar das dificuldades, acabei. E passei o dia tranquilamente. Sem dores. Sem picadas nos músculos. E deitei-me ao final do dia. E dormi... Mal, por sinal (o littel P. não nos deu uma noite tranquila)! E de manhã... Bom, de manhã não conseguia sequer mexer-me. Aiiiiii que dores nas pernas, nas nádegas, nos abdominais... Quem mandou ir correr sem treinar? Quem foi?


Burra! Que me sirva de lição! A mim e a todos! Nada de fazer provas sem treino.


Hoje, passeei o Loubie! Amanhã há corridinha leve para colocar estes músculos no lugar!


Toca a mexer, people!

A dieta prometida

Ora bem, prometi e cumpro!


Como sabem, depois do little P. ter nascido e eu ter tomado consciência que precisava de uma dieta séria, recorri a um nutricionista. Estava ainda a amamentar e não podia, MESMO, fazer asneiras ou dietas malucas. Por isso, o que vou escrever aqui é fácil de fazer e qualquer pessoa sem problemas de saúde pode fazer. Ainda assim, há alguns aspectos básicos a ter em consideração quando se toma uma decisão destas.
1. Há que ter em atenção a nossa saúde quando decidimos iniciar uma dieta. Está tudo bem connosco? As análises estão com valores normais? Não temos necessidades especiais? Sentimo-nos bem?
2. É mesmo isto que queremos? Quais são as razões que nos levam a querer iniciar uma dieta? A motivação que temos é meio caminho para o sucesso!
3. Vamos lá traçar objectivos. Não, minhas queridas! Nenhuma de nós vai ficar a Giselle Bundchen de um dia para o outro. Nem tão pouco no final da dieta. O segredo é traçarmos objectivos possíveis de concretizar. Emagrecer 10 kgs deixar-me-ia melhor que bem, mas para quê impor isso a mim própria se sei que não vou conseguir? A sensação de fracasso estragaria tudo. Não, para já, bastam-me mais 5 kgs.
4. Um dos segredos de uma dieta bem sucedida é a variedade. Depois de perceber o "esquema" básico da dieta, há que conseguir variar os alimentos ao máximo. Assim não nos cansamos tão cedo.
5. Fazer dieta não significa comer coisas sem sabor ou más. Significa saber comer cada vez melhor.
6. Transformar a dieta num modo de vida ao longo do tempo.
7. Exercício físico. Não sou louca para vos dizer para correr 10 kgs sem treinar (como eu fiz ontem). Basta que se mexam. Uma caminhada, um passeio com o cão, uma aula de zumba, dança, um passeio à beira-mar. O segredo é não parar! ok?


Vamos lá a isto então:


JEJUM:
Há anos que bebo um copo de água morna/quente com sumo de meio limão mal acordo. Quando não tenho limão, bebo a água morna/quente simples. O corpo limpa e funciona melhor! Acreditem, é verdade!


PEQUENO-ALMOÇO:
- 1 iogurte sem lactose ou 1 activia 0% ou 1 iogurte baixo índice glicémico
       +
- 2 tostas sem sal ou 2 colheres de sopa de fitness ou 2 colheres de sopa de all bran ou 2 colheres de sopa de aveia
       +
- 1 kiwi ou 1 fatia de papaia ou 1 fatia de ananás ou 1 pêra ou frutos vermelhos ou morangos


Depois disto também tomo um café.


MEIO DA MANHÃ:
- 2/3 bolachas Maria sem glúten/sem açúcar ou 1 gelatina ou 1 maçã ou 1 pêra ou maçã desidratada ou 1 benecol com sementes
        +
- Chá ou café ou limonada


ALMOÇO:
- Peixe ou Lulas ou Frango ou Perú ou Pato ou Vitela ou Polvo (sem as ventosas dos tentáculos) ou Queijo fresco ou Omelete (2 claras e 1 gema)
        +
- Salada ou Legumes
        +
- Massa ou Arroz (CASO HAJA TEMPO PARA EXERCICIO. SENÃO, SÓ LEGUMES OU SALADA)


1º LANCHE:
- Cevada ou Iogurte Natural com doce Dalfour ou Chá ou Iogurte sem lactose
       +
- Flocos de Aveia ou Fitness ou Semente de Chia ou Linhaça
       +
Extra - Frutos vermelhos ou papaia


2º LANCHE:
- Maçã ou Pêra ou cenoura crua ou fiambre de perú (sementes de girassol)


JANTAR:
- Sopa de Legumes
        +
- Salada ou Legumes
        +
- Peixe ou Medalhões de Peixe ou Omelete (2 claras e 1 gema) ou Legumes chineses e soja ou Lulas ou Queijo Fresco ou Atum natural ou Cogumelos


Durante o dia e fora das refeições, beber 1,5 lt de água ou chá sem açúcar.
Não repetir alimentos durante o dia. Se comermos pêra de manhã, não vou repetir essa fruta à tarde. Ou se comer omelete ao almoço, não vou fazer o mesmo ao jantar. Este é o esquema básico. Depois de começar é muito fácil variar para não ficarmos cansadas de comer sempre a mesma coisa. Eu faço cogumelos recheados de legumes. Tanto como bróculos, como grelos salteados em azeite e alho. Tanto faço salada, como misturo todos os legumes que tenho no frigorífico e cozinho-os no forno com azeite e ervas. VARIAR! Esse é o segredo. Já falei em variar??


Espero ter ajudado. Esta dieta levou-me a perder 20 kgs. Foi esta dieta que reiniciei agora. Engordo com muita facilidade e o Natal, as reuniões, o stress e a falta de tempo fizeram-me ganhar alguns kgs. Como esta dieta é fácil, recomecei.


Se precisarem de alguma coisa, sabem onde encontrar-me!


Beijos

Corrida do Dia do Pai... 10 kms nas pernas e na cabeça!

15 de Março de 2015. Corrida do Dia do Pai.
Se bem se lembram, fiz os meus primeiros 10 kms na Corrida de S. Silvestre, em Dezembro de 2014. Nessa altura tinha passado por uma infecção respiratoria tramada e não estava tão preparada como pretendia. Ainda assim, fiz a prova, terminei, orgulhosa de mim própria. Confesso que pensei que por esta altura, três meses depois, já faria mais 10 kms na maior das calmas. Mas enganei-me.
Este início de 2015 tem sido caótico e os treinos são a primeira coisa a descartar quando preciso de tempo para fazer o que me faz falta. E quando não treino um dia, dois dias, três dias, o meu corpo volta a relaxar e reiniciar passa a ser um calvário. E o tempo vai passado. As semanas correm e nunca mais fico em forma. 
Eu queria fazer esta prova. E, por isso, sem treinos de corrida e com poucos treinos de elíptica, resolvi ir correr hoje. 
Comecei entusiasmada. Ritmo certo. Sem esforço. O calor incomoda-me. Confesso que prefiro correr pela fresquinha do fim do dia ou da noite, do que quando o sol aquece. O calor incomodou-me. Mas, ainda assim, sabia que conseguiria fazer a prova, desde que mantivesse o ritmo certo, que, apesar de lento, me daria a capacidade de terminar sem grandes sacrifícios.
Cheguei ao km 3 e o joelho começou a doer... Pois é segundo erro do dia. O primeiro é querer correr sem treinar! ERRADO! ERRADO! ERRADO! O segundo é começar a correr quase sem aquecer ou alongar. MAIS ERRADO, MAIS ERRADO, MAIS ERRADO! A pressa de chegar a Matosinhos, estacionar o carro, deixar os miúdos com o padrinho do little P. durante a corrida, etc, etc, etc, fizeram-nos chegar em cima da hora e não houve tempo para nada. ERRADO again! Não se começa a correr sem aquecer e alongar. E o meu joelho esquerdo disse-me isso ao km 3. Aguentei mais um pouco, até que tive que ser sensata, admitir o meu erro e parar! Disse ao meu marido e ao meu primo para continuarem. Iria ficar ali. "Sem stress. Vão! Eu fico! Força!" E fiquei. Alonguei. Alonguei. Alonguei. Massajei ligeiramente o joelho. O outro também. E tomei a decisão. Se voltasse para trás, tinha pela frente mais 3,5 kms. Se continuasse, tinha mais 6 kms. Será que não conseguiria? Decidi continuar. Primeiro a caminhar. Depois corri. O joelho mandou-me parar outra vez. Caminhei. Voltei a correr. E o danado do joelho ainda me obrigou a parar outra vez. Caminhei... E nisto o tempo e os kms iam passando. Tinha que conseguir. Desistir não era opção. Caminhava e pensava no que escreveria aqui. Que tinha desistido? Que não tinha sequer caminhado o percurso todo? NÃO! Não podia escrever isso. Tinha que conseguir. Por mim, por quem lê e quer tentar também, pelo meu pai, que estava orgulhoso a ver-me a decidir. Decidi que hoje este texto seria sobre força de vontade. Sobre determinação. Sobre a capacidade infindável que temos quando desejamos mais que tudo. Hoje este texto deixar-me-ia orgulhosa de mim própria outra vez, tal como na S. Silvestre, independentemente do tempo que levasse a chegar ao fim.
Continuei. Vi o meu primo a descer a Avenida da Boavista. Não consegui ver o meu marido. Mas não podia desistir. Corri. Depois de já ter passado o km 8, o meu marido ligou-me. "Já acabei. Onde estás, para ir ter contigo? Estás melhor?" Atendi sem parar de correr. Contei-lhe! Já estou a chegar. 1 km e uns trocos e já aí estou para receber a medalha. E assim foi. Corri, sem objectivo de tempo. Isso ficou nos 3 kms. Corri consciente dos erros que tinha cometido e que podiam ter comprometido tudo. Corria feliz quando comecei a descer a Circunvalação e já via os primeiros corredores a passarem com a medalha ao peito. Estava perto. Faltava pouco e eu era capaz. 
Quando corro, não vejo nada nem ninguém. Vou a curtir a minha música. Tão simples quando isto. Hoje os Linkin Park acompanharam-me. E lá corria eu ao som de "Numb" quando decidi olhar para cima (faltava muito???!?) e vi 1:11:.. A sério? Como era possível? Na S. Silvestre não parei e fiz mais. Será que consigo? Sim. Consegui. 1:11:42. Este foi o tempo quando passei a meta. Com isto, por favor, não quero que pensem que sou a super-mulher. Não! Este tempo foi uma merda. Hoje tive a certeza que com treinos e aquecimento teria feito em pouco mais de 1h. Ou até mesmo 1h. Mas, eu não desisti, mesmo quando o joelho me mandava parar. A minha cabeça venceu. Hoje superei-me. Hoje soube que vou conseguir. E hoje sei que a próxima será muito melhor. Já está marcada. E terça-feira já há treino marcado. Foi uma corrida digna do nome. Corrida do Dia do Pai. E quando acabou, fui depressa, bem depressa, abraçar o little P., o abraço que o meu pai me teria dado na meta! 

quarta-feira, 11 de março de 2015

Coisas dignas de partilha

Este início de Março tem sido uma loucura. O Pedro já tinha começado a andar em Fevereiro, mas subir as escadas em Março estava completamente fora do alcance da minha tão modesta imaginação. De facto os miúdos surpreendem-nos a cada segundo que passa. Hoje o meu marido ligou-me, num misto de euforia e surpresa. Abriu as grades das escadas e esteve a observar o que o Pedro faria. Subiu as escadas. Ponto! E que pena que eu não estava lá. E que bom para ele. Senão teria agarrado no miúdo, com tanta força e com tantos beijos carregados de orgulho que ele até ía ficar chateado!!! Também já diz papá e mamã. E aqui, confesso com tristeza, o pai ganha. Ontem à noite, depois de ter que administrar-lhe um supositório para baixar a febre, trouxe-o para a nossa cama. E quando apaguei a luz, ele começou "Papá! Papá! Papá!" Fiquei triste, é certo! Mas depois de um supositório, não posso ficar à espera que o amor seja igual! Ahahahahahah (tenho que ponderar a hipótese de ser o pai a tratar dos supositorios...) Também já diz pão, mas raramente e só mesmo quando lhe apetece. Em primeiro lugar porque sabe que tem sempre o dito cujo pão à disposição. Em segundo lugar, porque sabe que à segunda tentativa eu desisto de chateá-lo e dou-lhe o pão. Quero lá saber. Desconfio que ele vai ser um tagarela. Por isso tenho tempo!
Acho também que não tinha partilhado que vou a NYC em Setembro. Para quem me conhece sabe que não é a primeira vez, mas é como se fosse. Ahhhhhhhh como eu amo aquela cidade. Já comecei a imaginar a lista de coisas que quero comprar. Desisti entretanto. Fiquei cansada! Até porque desta vez há mais uma pessoa contemplada. O Pedro, pois claro. Vai ser uma desgraça!
No próximo Domingo vou fazer a Corrida do Dia do Pai no Porto. Confesso que não estou bem preparada. Tenho tido alguns obstáculos aos treinos e muita falta de tempo. Mas vou na mesma. Porque eu mereço ir. E porque não quero desistir. Isto é um estilo de vida que quero mesmo implementar. Estou com mais dificuldades em fazê-lo do que imaginei inicialmente, mas não vou desistir! Não vou! Borboleta nunca desiste e consegue sempre o que quer! Tenho dito!
Comecei uma dieta há uns dias. A mesma que fiz quando estava a amamentar. O cansaço e o stress são de tal ordem que o impacto do início da dieta no meu corpo me fez ficar de cama no fim de semana. Fiquei K.O. Como nunca me tinha sentido. Apesar disso não desisti. Estou a ingerir mais hidratos do que a dieta inicial prevê, mas estou recuperada e já com forças para voltar aos treinos e fazer a corrida no Domingo!
E no Domingo, precisamente nesse dia, o Matias faz 5 anos. Sim, sim! O Matias cujo nascimento partilhei aqui. O Matias, meu sobrinho e afilhado. O mesmo Matias que me deixou apaixonada por um bebé pela primeira vez na vida. O meu querido Matias já vai fazer 5 anos. Já escolheu o presente dele. E já está em casa à espera de Domingo, para poder entregar-lhe e ver o sorriso! Domingo é dia de festa!

Partilha feita! Desejo cumprido!

terça-feira, 10 de março de 2015

Dia da Mulher

Este é sempre um assunto muito delicado. Por um lado temos as feministas convictas, que festejam euforicamente o dia. Por outro temos aquelas que não ligam nenhuma ao dia. 
Sempre me incluí neste último grupo. De forma racional. Com muita ponderação. Sempre achei que não tinha nada que festejar a discriminação. Sempre vi o dia assim. E quem quer tratamento igual não devia fazê-lo também.
Este ano tudo mudou. Será que tal se deve ao facto de ser mãe? Não sei! Mas mudei de opinião. A verdade é que não mudei o facto de achar que não tenho nada para festejar. Mas acho que devemos falar da mulher, da sua condição. Enquanto houver uma mulher que não seja livre, devemos falar disso (mulher, homem, criança, novo, velho...). A verdade é que eu tenho uma vida normal. Trabalho, saio, viajo, sou proprietária, falo, penso, sinto, sem necessidade de autorização. Tenho um marido que divide as tarefas domésticas comigo. Que divide o trabalho com o nosso filho. Para mim, tenho uma vida normal. Nunca conheci outra. Mas... Mas... Ainda há mulheres que não podem dizer o que pensam. Não podem sair quando lhes apetece. Não trabalham. Ou se trabalham, não controlam o seu dinheiro. Enfim! Para nem mencionar aquelas que são vitimas. Vítimas de palavras, acções, agressões. Não podemos esquecer que vivemos num país livre há 40 anos. Mas ainda hoje há mulheres a morrer porque o marido ou o companheiro as mata! E não podemos ser indiferentes. E por isso, este ano, não festejei. Mas pensei muito nisso. E falo hoje pela primeira vez. E digo CHEGA! Todos merecem ser livres. Não interssa se são mulheres, homens, crianças. Não interessa a raça, a religião. É a condição humana que interessa. É nisso que devemos focar a nossa vida. É isso que quero ensinar ao meu filho. Ponto!
Eu, enquanto mulher, mãe, cidadã livre, apoiarei toda e qualquer iniciativa que sirva para chamar a atenção para a falta de liberdade. E foi assim que vi este meu "primeiro" dia da mulher!

sexta-feira, 6 de março de 2015

Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência! Ou não...

Esta vida é tão corrida que me deixa pouquíssimo tempo para fazer o que mais gosto. Tenho andado ausente do blog. E com tanto para escrever...
O little P. já fez 15 meses. Começou a andar no Dia dos Namorados. Mascarou-se de pássaro e de elefante no Carnaval (que adorou!! Não sai à mãe!) e deixa-me sem ar quando sorri, quando já tenta correr para os meus braços, quando abana um não com a cabeça, quando fica feliz no infantario. Já pôs o osso de borracha do Loubie na boca e já lhe ofereceu a chupeta. É oficial! São os melhores amigos!
Quem me acompanha pelo facebook sabe que à quarta-feira vejo a Grey's Anatomy. Adoro. Vejo religiosamente há anos. Já vai na temporada 11. Estas duas semanas foram especialmente difíceis de acompanhar. Não só pela escassez de tempo que o trabalho, a elíptica ou as corridas e o instituto me deixam, como pelo próprio conteúdo da série.
Vamos aos factos:
Religiosa convicta, a April Kepner engravida do seu marido (o maravilhoso, gorgeous) Jackson Avery. Fica eufórica. Vai aumentar a família, ter um filho, fruto de um amor tão verdadeiro e sincero. Na primeira ecografia a médica (colega e ex-namorada de Jackson... Sim! Na série já todos se enrolaram com todos e convivem pacificamente com isso. Coisas de TV e cinema!) detecta uma anomalia com o feto. É assim que os médicos dizem. É apenas um feto. Não é ainda o filho de ninguém. Quase como se não fosse gente... Depois de vários exames chegam à conclusão que acabará por morrer rapidamente e a Kepner tem que tomar a decisão mais difícil da vida dela. Porque os milagres nem sempre acontecem... Às 24 semanas fazem indução do parto e sabem que sem manobras de sobrevivência, o feto (para os médicos é um feto inviável, para ela já é o Samuel Norbert Avery) acabará por morrer. É assim acontece. O feto nasce. Morre. E ela pergunta onde está o Deus no qual sempre acreditou. Onde está o bem. Porquê ela. Porquê semelhante injustiça.

Pois bem. A partir do momento em que uma mulher faz um teste de gravidez e o resultado é positivo, passa a ter um filho. Esse filho que cresce diariamente mesmo sem se ver ou sentir. Esse filho que começa a aparecer nos nossos sonhos. Esse filho que começa a desenhar-se como o mais importante das nossas vidas. Às vezes nascem, outras não. Muitos morrem antes de nascer. E para os médicos é apenas um feto. Para os pais é um filho, uma vida que se perde. Como se chama uma mãe que perde um filho? Porque perdi um pai e sou órfã. Se perder um marido serei viúva. E o que sou por ter perdido um filho? Nada! No meu caso, para os médicos, eram só fetos. Para mim eram os filhos que queria. Já fiz 4 testes de gravidez positivos. Sou mãe de 4 filhos. Tenho apenas um nos braços. Os outros três estão guardados nas gavetas escondidas das memórias. Da primeira vez os médicos disseram "é normal! Muito mais frequente do que pensa! Não se preocupe!" Da segunda "não se preocupe! Apesar de tudo é considerado normal!" Da terceira, "ah e tal vamos estudar as razões, vamos ver o que se passa. Não encontramos nada. Volte a tentar!" É caso para dizer "há bruxas boas!!"
Não queria tentar mais. Sentir um parto sabendo que não terei um filho nos braços exerce a maior violência que já senti até hoje. 
Mas engravidar para mim é demasiado fácil. E o Pedro apareceu. E nasceu! E é o melhor do mundo. O bebé mais especial. Porque quis sobreviver. Porque quis nascer. Acredito mesmo que há coisas que nos estão destinadas. Esta história estava destinada a mim. Sou mãe de 4 filhos. Tenho por eles o mesmo amor. Não há um nome para designar esta minha condição. Mas mãe chega-me. Sou mãe!
A vida continua. Até porque o Pedro não me deixa viver amarrada ao que foi. E todos os dias a esperança e a expectativa no que será é maior graças a ele. Quando me perguntam se quero mais filhos digo que não. Não explico as razões. Mas hoje apeteceu-me dizer ao mundo! Já tenho 4 filhos! Não são fetos. Não são embriões. São filhos! E TODAS as mulheres, mães (porque não existe uma palavra melhor para descrever) que perdem um filho, quer seja às 8 semanas, quer seja às 29, quer seja depois de nascer, precisam de apoio. Não é normal! Não é aceitável. São os nossos filhos! Ponto!