sábado, 26 de novembro de 2011

Brilho mais profundo no olhar

Ontem assisti à dor da perda, ao vazio da ausência, à coragem da despedida, ao medo da saudade.

Há quase 7 anos o meu pai deixou-nos. Nunca passa. Está sempre latente, pronto a jorrar um rio de lágrimas. A aprendizagem de uma vida de saudade é tão difícil, tão longa! E nem sempre as memórias são suficientes. Nem sempre uma vida preenchida e feliz suporta a falta que nos faz.

Felizmente, o tempo atenua o sofrimento profundo. Deixa-nos para os dias mais sensíveis a saudade do que nunca foi, do que nunca será. Mas permite também para a maior parte dos dias a felicidade do que foi, o orgulho do que somos e do que vivemos.

R., o brilho mais profundo no olhar estará sempre contigo e o vazio que hoje te corta de dor o coração um dia será preenchido pela existência na tua vida de um anjo a quem um dia chamaste "pai". O amor vence tudo! Estou contigo!

Beijinhos e ron rons lunares,
Borboleta

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A melhor selecção

Hoje ía escrever sobre uma característica que odeio: MENTIRA.

Às vezes questiono-me sobre o certo e o errado, mas será a mentira alguma vez certa? Ensinaram-me que mentir é feio. Já para não falar dos anos de catequese em que ouvi o mundo católico dizer que mentir é pecado. Pois bem, sou adepta da verdade. Sim, prefiro uma verdade cruel a uma mentira piedosa e não aguento pessoas mentirosas. Ainda por cima parece ser genético, corre no sangue, passa de pais para filhos e, depois de começarem a viver apoiados em mentiras, não mais conseguem parar! É caso para dizer "meu Deus, odeio mentiras!!!"

Bem, ía escrever sobre isto.

Mas não me apetece... Só me apetece escrever sobre coisas positivas e que somam coisas boas à minha vida. Essas características negativas já não conseguem entrar no meu universo de felicidade!

Vou escrever sobre o quê??? LIMPEZAS.

Para quem me conhece sabe que sou ligeiramente neurótica com as limpezas, com a arrumação, com a roupa... Só ligeiramente. Nada patológico. E isto leva-me ao tema limpezas e detergentes. Pois bem, amigos do meu casulo, engana-se quem pensa que o trabalho está em arregaçar as mangas e limpar. Não, não! O trabalho está muito antes disso, quando olhamos para as prateleiras do supermercado e temos a difícil tarefa de escolher os melhores detergentes. Uma querida amiga diz-me sempre que me visita "Isa, vc conhece todas as novas tendências e lançamentos dos detergentes!" E não é que é verdade??? Cá em casa há detergentes para o inox, para a madeira, para as bancadas, anti-bacteriano, desinfectante, com e sem lixívia (por causa dos mais sensíveis), e nem sequer chegamos ao departamento da roupa, porque aí é necessário um workshop para conseguir que a máquina lave na perfeição...

E sabem que mais??? É na melhor selecção que está o segredo para a nossa vida. Para a amizade, para o amor, para o trabalho, enfim, para tudo...

É caso para dizer "Eu selecciono. E tu???"

E só para quem se interessa, o meu livro já ganhou vida própria... :)

Beijinhos e ron rons lunares,

Borboleta

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O Tempo

Um dia destes disseram-me para escrever sobre o tempo. Disseram-me que seria bom para todos aqueles que lêem o meu casulo e não gostam. Sim, sim, era o vosso sonho...

Eu escrevo para aqueles que gostam, e por isso decidi escrever sobre o tempo que gastamos com os outros.



No fim-de-semana passado fui passear. Aproveitei a viagem para rever amigos recentes e de longa data com quem não estava fisicamente há muito tempo.

Sinto-me uma privilegiada por poder partilhar a minha vida com determinadas pessoas. A família não podemos escolher, mas os amigos, esses, escolhemos viver com eles a nossa vida.

Para os amigos que partilharam o fim-de-semana connosco, não imaginam como me sinto inspirada pelas vossas vidas, pelas vossas formas de estar, sobreviver e viver. Qualquer tempo que passo convosco é um tesouro que não trocaria por nada!


E como o tempo que dedicamos aos outros (àqueles que merecem e precisam, é claro) nunca é demais, Domingo lá fui eu para a Corrida Mais Mulher (Luta contra o Cancro da Mama). 4kms de solidariedade. O espírito era apenas o de participação e não de competição. Nunca passei pelo processo doloroso da doença, mas como tenho consciência que não acontece apenas aos outros, marquei presença, na primeira de muitas...


Confesso que adoro estar sozinha, no silêncio, no meu ninho. Nunca é demais o tempo... Mas a verdade é que não vivo sem aqueles que me abrem as portas das suas vidas, para quem abro as portas da minha vida também... Será uma questão de tempo??


Beijinhos e ron rons lunares,

Borboleta

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Indiferença...

INDIFEREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEENNNNNNNNNNNÇA

WHAT ELSE???

Beijinhos e ron rons lunares,
Borboleta

Em dia de chuva, um sorriso...

Meus amigos,

Hoje este texto é especialmente para duas pessoas que gostam de entrar no meu casulo.

A., adorei a tua mensagem de ontem. Fico feliz por ti e não vejo a hora de te reencontrar tantos anos depois. Há uma frase em particular da tua mensagem que tenho que reproduzir. "Some people wouldn't know class if it hit them in the face!" E não é que os teus amigos ingleses têm razão? Quando tal acontece a determinadas pessoas, provavelmente pensam que é inveja, ou ódio, ou simplesmente nem percebem... Aliás, soube ontem que a inveja tem facebook... Sabias disso? Já fiz uma limpeza ao meu. Não te esqueças de fazê-lo também!!!
E especialmente para ti, beijinhos e até breve!

N., a ti agradeço as palavras de preocupação pelo meu bem-estar. Não interessa onde lês o meu blog (ahahahahah...)! Sei que a amizade não se agradece. Retribui-se. Mas hoje apetece-me também agradecer. Obrigada e beijinhos!

A todos os meus amigos,
beijinhos e ron rons lunares,
Borboleta

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Lego

Meus amigos, hoje vivi uma tarde de infância.

Durante a manhã, vi numa loja caixas e caixas e mais caixas de Lego! Entrei e não resisti. Comprei uma caixa para construção de uma casa!

Quando era miúda, construía imensas coisas, mas confesso que a minha preferência sempre foi para as casinhas, com fogão e chaminé, com caminhas e salas. Hoje fiz igual.

Fiquei surpreendida com os pormenores com que a Lego nos brinda nos dias de hoje. Há 25 anos não eram tão requintados. Foi uma emoção pegar nas peças e ver algo surgir.

Lembrei-me de algumas tardes com o meu pai, quando ele ainda tinha que ajudar-me (e mesmo quando não tinha porque ele próprio também adorava). É verdade, hoje não fui ao cemitério, porque nunca vou a 1 de Novembro. Recuso-me. Esse é, para mim, um acto solitário, de recordação e alguma tristeza provocada pela muita saudade! Mas hoje, sei que o meu pai também sorriu no momento em que coloquei a última peça na bela casa de Lego que construí!

E agora??? Acabei por decidir um dos presentes de Natal para o meu Matias. Adivinhem??? Lego, pois claro, com números e letras!!! Parece que este é um vício que vai passar de geração em geração! :)

Beijinhos e ron rons lunares,

Borboleta