quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Divórcio de ouro

O problema dos divórcios é precisamente a percepção de que o divórcio é um problema. E quem diz divórcio diz separação, porque para mim é exactamente igual viver com alguém sem assinar papéis. 
Já passei por uma separação que foi difícil. E foi difícil precisamente por achar que seria difícil. Valeu-me o emagrecimento rápido graças ao sofrimento. Valeu-me começar umas caminhadas graças à saudade que sentia. Valeram-me as pessoas que conheci graças à disponibilidade com que fiquei. Mudei de vida. E começou uma das melhores fases da minha vida. Afinal a separação não foi assim tão má...
Eu e o meu marido vivemos juntos antes de decidirmos casar. E decidimos casar de uma conversa simples de fim de dia, no sofá lá de casa. Quisemos celebrar a nossa vida juntos com quem nos rodeava já. Se soubesse que iria ter filhos (na altura não era um desejo ainda) talvez tivesse esperado. Adorava que o Pedro tivesse participado do nosso dia. Resta-nos esperar pela renovação de votos, para outra festa, para ele ser parte da celebração.
Das relações que acabam também ficam coisas boas. Não tenho filhos de nenhuma relação anterior (graças a Deus e a mim que nunca me esqueci de tomar a pílula!!!), mas ficaram memórias boas de pessoas, lugares, partilhas. Mas às vezes acho que devia ter casado antes. Porquê? Teria ficado uma aliança. E perguntam-me vocês "para que querias tu uma aliança de uma relação que acabou?". Eu respondo "PARA VENDER!"
Verdade! Do anterior casamento do meu marido ficou uma aliança de ouro que, nos tempos em que o ouro valia ouro, foi vendida. Decidimos festejar o casamento e o divórcio dele (um deu-nos a aliança e o outro deu-nos a liberdade de estarmos juntos e casarmos) num magnífico fim de semana romântico. Há coisas fantásticas, não há?
Quando acabarem um casamento, não fiquem tristes. Vendam a aliança e comprem qualquer coisa que vos faça feliz. Foi o que fizemos! E foi taaaaaaaaaaaao bom!! A verdade é que o ouro já não vale tanto como há uns anos, quando fizemos a nossa transacção, mas certamente servirá para vos fazer sorrir por ter acontecido!! Fica a dica.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A guerra do percentil

Quando um bebé nasce, alguém como eu acha (mais ou menos) normal que as amigas, conhecidas, ou nem isso, já mães ou tias ou madrinhas ou apenas amigas de outras mães perguntem coisas como "com quantas semanas nasceu?", "com que peso nasceu?", "e quantos cms?", "e com quantos dias sorriu a primeira vez?", e mamou até quando?", "e quando, quanto, como, porquê?????". Mas, convenhamos, é normal e aceitável nos primeiros 15 dias. Depois acaba-se a graça. Eu confesso que não ando atrás do que as outras crianças fazem. Não me interessa. E não leio livros sobre o crescimento. Para quê?
Agora que o Pedro já está com 14 meses (e descobri que ele já está com 14 meses hoje, dois dias depois de ele ter completado os ditos 14 meses... Mãe desnaturada...), chegam as perguntas sobre as actividades que a criança já é capaz de fazer, que tarefas desempenha... "Ele já fala?", "ele já anda", "bate palmas?", "ri?", "ainda cabe na banheira?" e a derradeira "em que percentil está?"
Respondo já a todas: Não anda. Não fala. Sim, bate palmas. Sim, ri. Cabe na banheira sentado. Sei lá em que percentil está? Meu Deus! O que interessa isso? Que me interessa se o teu já tem 15 dentes e o meu 6? Que me interessa se o teu começou a andar aos 10 e o meu aos 14 só dá uns passos? E muito menos se o teu já diz papá desde os 11 e o meu só fala a sua própria língua, inventada por ele, falada apenas por ele? Que chatice. Ainda não fala português, nem checo, nem inglês... E o percentil? Não sei! Não quero saber. Sempre que vou ao pediatra ou à USF preocupo-me em saber se ele está bem, se tem um crescimento normal, mas não ando à procura que o meu filho rebente escalas. Nem físicas nem intelectuais. 
Sabem o que podem perguntar-me? Se o meu filho é uma criança feliz!! Sim?? Isso sim, é uma pergunta boa. E a essa sim eu quero responder. Quero responder que sim! É uma criança feliz! Quero que seja uma criança feliz! Farei tudo para que seja sempre feliz!
Agora, por favor, parem de me perguntar sobre as escalas de crescimento dos livros porque, caso não saibam, cada criança é diferente da outra e nenhuma é melhor ou mais inteligente que a outra por rebentar escalas! Ok?? Paz!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sangue do meu sentimento...

Há pessoas que colocam a família acima de tudo. Há quem não sinta qualquer peso específico em relação aos laços familiares. A mim nada me choca. Nada mesmo! E quando digo nada, é mesmo nada.
Perguntarão vocês "e quando as famílias se zangam, os primos deixam de se falar, os irmãos discutem, os tios não conhecem os sobrinhos, os sobrinhos nem fazem ideia de quem são os irmãos dos pais?"
Pois bem! Não me choca! Sabem porquê? Porque o sangue do meu sangue não é nada se não for "sangue do meu sentimento" também!
O que me interessa se é meu tio, meu primo, meu irmão, se não faz parte da minha vida? Que me interessa se partilhamos nome, árvore genealógica ou herança genética se não me conhece? Se não sabe quando estou doente. Se não conhece o meu filho. Se não partilha as minhas conquistas e alegrias? NADA! Não me interessa NADA! (E reparem que nem sequer estou a falar daqueles problemas familiares que existem quando há heranças, bens e/ou dinheiro em jogo. Esses problemas nem consigo classificar. Porque me sinto verdadeiramente enojada com esses. Os jogos de ganância e poder que se fazem quando um familiar morre deixam-me fora da seriedade e graças a Deus existem advogados para resolver esses problemas.) Refiro-me mesmo às zangas que acontecem, porque a vida nos muda, porque os interesses se alteram, porque não nos identificamos com a vida, pensamento e atitude de alguém que por acaso nasceu na mesma família que nós... E já sei que é polémico, mas desculpem, é a minha opinião e este é o meu casulo. Não tenho que gostar de alguém, do seu feitio, da forma como vive ou age só porque temos algures lá atrás um familiar em comum. Gosto de quem me acompanha. Aliás, amo quem me acompanha. E, por acaso, tenho na família quem me acompanha, quem amo e quem me ama. Coincidência! Porque também tenho fora da família quem me acompanha, quem me ama e quem amo. E, desculpem mais uma vez, só assim faz sentido. Só faz sentido amar quem nos estende a mão. Quem se preocupa tanto como nós com os nossos problemas. Quem nos faz chorar de alegria por existirem na nossa vida. Sinto-me milionária com estas pessoas. Sou grata à vida por tê-las colocado no meu caminho. E nem todas partilham o nome comigo, mas partilham o "sangue do meu sentimento"!! Tenho dito!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Odiozinho de estimação

Estou em Reunião de Ciclo. Ossos do ofício. De vez em quando sou obrigada a ausentar-me.

Esta semana o CR7 ganhou a Bola de Ouro. Estava a fazer FaceTime com os meus amores. Já disse o mais importante sobre isto. O que eu não disse foi que odeio o Platini. Odeio o Blatter. Ou será que disse?? E que o meu odiozinho de estimação pelo Platini já vem de longe. Daqueles tempos longínquos em que me dava com pessoas do futebol e que trabalhavam para a UEFA... O sucesso mal digerido por ele do nosso compatriota Ronaldo só veio agravar o sentimento.

O que, estou certa, não vos disse, é que estou num hotel em Portugal onde o Platini e o Blatter também vão estar amanhã... Há cá cada coincidência... Estou a preparar as frases para lhes dizer quando me cruzar com eles no corredor!!!!!

Assim, amigos do meu casulo, caso queiram vir insultar os meninos, eu comunico qual é o hotel. Caso queiram simplesmente fazer explodir o lugar onde eles estejam, também vos digo qual é o hotel, mas primeiro dão-me tempo para sair daqui, sim??

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

CR7. Português, pois claro!

Dia 13 de Janeiro de 2014: Cristiano Ronaldo ganha a Bola de Ouro.
Estava com o Pedro ao colo. Seria operado nessa semana e não me apetecia largá-lo por nada. Decidi ver televisão. Confesso que tinha esperança que o CR7 ganhasse, mas achava que não ganharia. O facto de ser português. O facto de ter um feitio que não agrada a todos. O facto de ser português. O facto de ganhar tudo. O facto de ser português. O facto de treinar mais que os outros. O facto de ser português. O facto de não ter uma selecção que acompanhe o nível. O facto de ser português. O facto de ter uma namorada gira. O facto de ser português. O facto de...

Ora bem, não sei se mencionei o facto de o CR7 ser português... Pois é, o Blatter, o Platini e o mundo da bola não estão habituados a que um Tuga ganhe umas merdas. É fodido!

Este ano tenho esperança que o Cristiano Ronaldo ganhe a Bola de Ouro. E escrevo isto antes da cerimónia para que fique registado. Quero que ele ganhe. Espero que ele ganhe. Porquê? Porque ele fez uma época do caraças. Bateu recordes. Fez tudo. Não ganhou o Mundial? Não, não ganhou. Não chegou à final? Não, não chegou! Mas o que é uma competição de um mês comparado com uma época inteira? O que são umas semanas, quando comparamos um ano inteiro de feitos, títulos, golos, treino, trabalho??  Não venham com merdas. O CR7 merece ganhar. Ponto!

Dia 12 de Janeiro de 2015: não estarei com o Pedro ao colo (estou em reunião de ciclo), mas espero ver o Cristiano Ronaldo levar a Bola de Ouro para casa! 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

As surpresas desta vida

Devo dizer que não sou muito de modas. Geralmente quando todos vão para a direita, eu sigo para a esquerda. Quando todos vão para sul, eu rumo a norte. E custa-me muito a aceitar a massificação de determinadas coisas.
Li o Código Da Vinci do Dan Brown quando todos já se tinham esquecido dele. Li o Equador quando já não era moda andar com o calhamaço debaixo do braço. Não tenho carteiras Bimba & Lola nem PG porque todas as delegadas (salvo raras excepções) têm uma. Não tenho pulseiras Pandora. Detesto! Não vou a um restaurante quando abre. Nem ando a correr para ir a una loja onde todos vão.
E eis que, ao fim de tantos anos, resolvi entrar pela primeira vez numa Primark. Sim! Sim! Leram bem. PRIMEIRA VEZ! Não há engano. E tal só aconteceu porque agora vou a Gondomar e Rio Tinto e entrei no Parque Nascente (também pela primeira vez) para almoçar. Enchi-me de coragem e decidi ir conhecer essa Catedral do Consumo barato chamada Primark!! 
"E então?", estão a pensar. E então que a minha vida mudou!! Capas de iPhone a 2€. Pantufas quentinhas e com sola de borracha para poder vir ao jardim a 4€. Roupa desportiva (sim, roupa para correr é um foco grande do meu consumo nos dias de hoje) baratíssima e com bom ar. E pijamas fofos inteiros para quando o Pedro for maiorzinho e nenhuma das marcas que compro tiver essa peça do tamanho que ele precisar. Aiiiiiiiii. Esta tua mania de não seguir as modas custou-te uns bons anos de ignorância, Ana Isabel!!! Fiquei triste por não ter feito esta descoberta antes. Depois pensei "melhor assim". Foi o que poupaste. Porque ali tudo é barato e a tendência, já percebi é comprar muitas coisas. E pensem somar muitaaaaaaaaas coisas baratas... Pois! Exactamente!! Já poupei uns trocos com a minha ignorância destes anos todos.
Mas, uma coisa vos digo, vão ver-me perdida na Primark algumas vezes e, pela primeira vez, fiquei feliz por Rio Tinto fazer parte do meu território de trabalho e por, imagine-se, ter que recorrer muitas vezes ao Parque Nascente para almoçar a partir de agora. Há coisas que nos surpreendem!!!

domingo, 4 de janeiro de 2015

Resoluções e sonhos - II

E cá vai:

7. Dizer menos palavrões

Pois bem, confesso. Digo palavrões. De toda a espécie. Aliás, tenho um vocabulário bastante rico no que diz respeito a palavrões. E não quero deixar de dizer porque acho feio. Quero lá saber o que acham bonito ou feio. Digo-os porque de alguma forma me faz bem. Quando estava a correr a S. Silvestre, disse alguns palavrões que me deram a força que precisava para terminar as subidas. Quando dou um pontapé na esquina da cama, a dor atenua-se com um dos meus palavrões. Quando me lembro de alguém que me odeia, sorrio quando lhe chamo um palavrão. Quando acontece uma desgraça, fica mais leve com os meus palavrões. E gosto. Acabou-se! Mas comecei a imaginar o Pedro a chegar à escola e chamar p%#* às colegas ou mandar para o c%#>\£~ que te $<^# uma das educadoras. E não! Isso não pode ser, pois não? Especialmente para ele que está a aprender a falar. Com a repetição, estava tramada!! Pronto! Acabou-se! À frente do Pedro, nada de palavrões. Só aqueles que ele próprio vai poder dizer. Ou acham que não devo também dizer-lhe que as vacas existem mesmo e as cabras são mais que muitas?? Sorry! Isso é serviço público e vou mesmo ter que dizer-lhe! Ahahahahahahahahah

8. Voltar a comer melhor

Nem vou alongar-me muito. Tem que ser e acabou-se. Foi um mês de asneiras atrás de asneiras e o meu corpo não merece!!

9. Visitar pelo menos uma vez por semana os meus avós com o Pedro

Já o faço, mas quero comprometer-me a continuar a fazê-lo. Os meus avós adoram. E eu também! 

10. Comer menos manteiga e menos chocolate

Sei que o ponto 8 tem a ver com alimentação, mas estes dois alimentos precisam de um item só para si... Adoroooooooo manteiga. Adorooooooooo chocolate. É preciso fazer aqui um corte grande. Radical. E vai custar-me muito. Que tristeza. Estou prestes a entrar em depressão só com esta escrita. Como é possível?

Com isto me vou. Tenho que recuperar desta ultima resolução. 

Resoluções e sonhos - I

Um ano acaba. Um ano começa. E neste fim e início fazem-se balanços do que foi. Projectam-se sonhos e determinam-se resoluções para o que vem.
Eu também faço isso. Mas confesso que não o faço apenas a 31 de Dezembro. Felizmente a minha vida não é estática e sou obrigada a ir pensando sobre ela ao longo dos 365 dias. Ainda assim a passagem de ano é um marco. Deve ser festejado. E pensado. E as minhas resoluções e sonhos são:

1. Correr mais - 100/365 dias

Já vos tinha dito que agora corro? Eheheheheh Pois bem. Foi lançado um desafio no facebook que consiste em correr pelo menos 100 dias ao longo do ano. Não estar mais que 3 dias sem correr. Correr pelo menos 3 vezes na semana. 
Hoje comecei. Atendendo a que 100 dias é menos do que 1/3 do ano todo, suponho que posso tentar fazer o esforço para poder fazer a S. Silvestre de 2015 (em Dezembro) no máximo dos máximos numa horita. 

2. Lavar os meus pincéis de maquilhagem com mais frequência 

Hoje estive a tratar desta árdua tarefa e sempre que o faço arrependo-me de não fazê-lo mais vezes, porque, digo-vos, é dramático lavar pincéis de maquilhagem, mesmo para alguém que trata de tudo com tanto zelo como eu.

3. Ler mais

2014 foi dramático neste item. E quando digo dramático, é mesmo dramático que quero dizer. Nunca li tão pouco. E isto tem, em absoluto, que mudar. Amo os meus livros e personagens cuja vida passa pelos meus olhos. Não posso deixá-los ao abandono tanto tempo. Imaginem que tenho o último livro do Daniel Silva em cima da mesa de cabeceira desde que saiu. Ainda não o abri. Shame on me!!! Isto vai mudar em 2015. Tem que mudar!!

4. Não estar tanto tempo sem entrar no meu casulo 

No último mês, em que tenho estado mais "activa" por aqui, tenho recebido várias mensagens, manifestações de pura amizade, acredito eu, que me incentivam a escrever mais. Não imaginam a felicidade que conseguem oferecer-me com cada elogio às minhas palavras, que não são mais do que eu própria aqui descrita. Prometo-vos manter-me por aqui. 

5. Manter-me na luz. Enviar luz.

À medida que o tempo passa, mais certa é para mim a ideia de que só devemos ter na nossa vida quem soma coisas boas. Não me interessa nada se são família ou amigos de sempre. O que me interessa é que acrescentem coisas boas. E isso é bem-estar. É um sorriso. Um telefonema. Conhecimento. Partilha. Cada vez menos me interessa o material. A vida ensina-nos isso. Eu pratico! Sim, é certo que estou habituada a certas coisas e custa-me viver sem algumas. Mas, adivinhem? Vivo!! Contudo, não vivo sem luz. Não vivo sem paz. Não vivo sem harmonia em minha casa. Não vivo sem a minha consciência tranquila. E por isso, mais que tudo, quero manter-me activamente na luz, afastada de quem é mau. De quem me quer mal. De quem não gosta de mim. Xô! Xô!! Envio luz, mas Xô!!

6. Ir a um lugar que eu cá sei

Em 2014 o Pedro já andou de avião, mas foi uma viagem curta, dado que ele tinha apenas 7 meses. Em 2015 tenho um sonho que é ir a um país que eu cá sei e que não vou revelar, rever pessoas, lugares, cheiros, comidas, paisagens, com os meus amores. É um lugar onde me sinto em casa. Porque tenho lá pessoas que amo. E quero partilhar esse lugar com os meus amores...

Talvez amanhã haja mais...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Special One

Não sei se já vos disse, mas tenho em casa o bebé mais bonito, mais querido, mais engraçado, mais teimoso, mais risonho, mais alegre, mais mimalho, mais brincalhão, mais comilão, mais enérgico, mais, mais, mais...
Digamos que é uma criança única. E sim, eu sei que todos os pais dizem o mesmo. Mas todas as crianças são mesmo únicas para os seus pais.
O little P. tem um péssimo sono. Não que durma mal, mas mexe-se tanto que se torna impossível querer tê-lo na nossa cama, por exemplo. Na verdade, ele dorme no quarto dele desde os 4 meses. E foi tão tarde porque tinha alguns problemas que não permitiram que fosse mais cedo. Sou muito adepta dessa "separação". Amo o meu filho mais que tudo, mas não quero dormir com ele todas as noites, nem acho isso bom (nem para ele, muito menos para nós!!). Mas, claro, isso é um assunto mais que pessoal e não crítico nem deixo de criticar quem o faça ou deixe de fazer. Mas, como também sou adepta do mimo e mais mimo e mais mimo, todos os dias de manhã (sim, 7 dias por semana) um de nós vai buscá-lo e ele fica no nosso meio alguns minutos antes da azáfama louca das manhãs de pais trabalhadores e um filho que vai para a escola. E é uma delícia vê-lo dormir, tranquilo. Fico a contemplá-lo (nos raros dias em que já estou desperta) ou então fico a dormitar, a ouvir a sua respiração, a sentir o coração a bater e a vê-lo acordar. E vê-lo acordar é magnífico. Porque ele sorri mal acorda. Bate palminhas. Senta-se, tira a chupeta e diz-nos algumas coisas, na sua língua que adoro, mas que não entendo. E por tudo isto e muito mais (há coisas só minhas, escritas no meu baby diário para quando a memória me atraiçoar) ele é único.
Ontem mostrou-nos como é especial. À meia-noite em ponto acordou. Fui buscá-lo e ele veio festejar o ano novo. Bateu palmas, comeu uma papa e voltou a dormir. Depois deu-nos uma noite horrorosa, mas isso nem ele tem culpa (se me tivessem a nascer os dentes todos ao mesmo tempo nem imaginam o que faria...). E hoje, quando acordou, comeu, brincou e... Deu os primeiros passos!!! Ano novo, vida nova. Percebem agora quem é o meu Special One??