quarta-feira, 15 de junho de 2011

Emigrantes cá dentro

Vim aos açores porque um amigo do meu namorado, M. está a viver em S.Jorge. É professor, bem como a sua mulher, A. (actualmente no Continente porque tiveram há 4 meses uma bebé, M.). M. foi ter connosco ao Pico, onde vivem familiares da A., também eles do Continente e também eles professores. Nessa ilha o M. arranjou-nos alojamento em casa da L.. E, adivinhem lá??? Também ela do Continente e também ela professora. Logo na primeira noite conheci mais uns quantos na mesmas condições... É inacreditavel o que estas pessoas são obrigadas a fazer para obterem maior estabilidade profissional. Ou alguma estabilidade... Por exemplo, o M. vai regressar agora ao Continente. Sabe que vai regressar a S. jorge em Agosto porque a A. está efectiva numa escola próxima de casa, mas não sabe sequer neste momento se tem colocação na ilha para o próximo ano lectivo. Suspeita que vá ter, mas nada de certezas... Quanto aos primos da A., R. está efectivo no Pico, S. está efectiva em S. Jorge. Avistam as ilhas onde ambos vivem, mas vivem separados a semana toda e reencontram-se ao fim de semana... Já L. prepara-se neste momento para empacotar tudo (incluindo o carro) e levar para S. Miguel. Serão 9h de viagem. É a terceira vez que se muda no arquipélago. Desejo?? Voltar para o Continente, onde tem o namorado!


Eu achava que sabia tudo. Hoje sei que nada sabia. Pensei que os KMs que faço são uma condicionante, mas nunca tinha pensado na solidão, nem no isolamento dos que se dispõem a vir para lugares onde existe apenas um café, ou onde um quiosque com revistas atrasadas pode ser um bálsamo... Estes professores são prisioneiros da sua carreira e sacrificam-se muito por uma colocação. Presto-lhes a minha Homenagem. Pelo que são, pelo que fazem. E agradeço-lhes do fundo do coração. Sem eles estas férias não teriam sido tão boas...


Beijinhos e ron rons lunares,

Borboleta

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Açores

Amigos do meu casulo,

Estou em retiro, numas férias, no Arquipélago dos Açores.

Prometi a mim própria que não me ligaria ao mundo enquanto aqui estivesse, mas cheguei à conclusão que tal seria um puro acto de egoísmo. Porquê??? Aqui vai...

Há mais de 10 anos visitei os Açores, com os meus pais, a minha irmã e uma grande amiga que nos acompanhou. Entre as minhas regras de viajante turista existe uma que dificilmente quebro: Nunca repetir um destino que já conheça, a não ser por razões sentimentais. Entre esses destinos estão S. Paulo (que seria de mim sem as minhas amigas naturais desta cidade?), NY (que seria de mim se não pudesse regressar?), Londres (iria eu morrer sem lá voltar?), Suíça (isto de ter amigos estrangeiros tem os seus inconvenientes!) e... Não me lembro de mais... Como tal, para mim estava absolutamente fora de questão regressar a qualquer ilha do arquipélago que já conhecesse. E da última vez tinha estado em S. Miguel, Pico, Faial, Terceira! Mas... Decidi esquecer essa minha regra de viajante turista radical e resolvi acompanhar o meu namorado numa viagem que está a revelar-se completamente surpreendente. Tenho tentado encontrar adjectivos suficientes para descrever as experiências que tenho vivido, mas não tenho conseguido encontrá-los. E, como tal, estar "out" e não relatar o que tenho vivido seria mesmo muito egoísta (característica que , aliás me apontam como vincada... eheheh)!


Os próximos textos serão para tentar descrever-vos as experiências únicas que tenho vivido. Para já estive no Pico, no Faial e em S. Jorge, mas não vou embora antes de uns dias na Terceira também. Preparem-se, porque se eu conseguir surpreender-vos com as minhas descrições como estas paisagens, pessoas, comidas me têm surpreendido, ninguém deixará de comprar um bilhete com destino a estas ilhas...

Beijinhos e ron rons lunares,
Borboleta

P.S. - Pico a partir de S. Jorge

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Fériaaaaaaaaaaaaas... Do mundo!!!

Queridos amigos,


Aproxima-se o grande dia! Dia 10 de Junho vou começar as minhas férias do mundo!!!

Estou cansada... A verdade é que a minha vida se transformou numa desorganização organizada nos últimos meses e tal exige demais da minha pessoa. Este 1,80m de altura não corresponde em nada a uma capacidade sobrenatural de aguentar determinadas coisas. É por isso que tenho vindo a notar algumas lacunas na minha resistência. E é por isso também que estou a precisar muito de férias!!!!
E, lamento, mas estas férias vou mesmo desaparecer. Esqueçam o meu telefone, o meu mail. Porque eu vou para um lugar sem rede, onde não terei acesso a jornais, revistas, tv... Vou para um lugar onde a crise e a troika são palavras sem significado, onde não haverá lugar para nenhum tipo de tristeza e onde nada me poderá incomodar... Isso mesmo... Adivinharam... Vou para o paraíso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Na bagagem levo apenas o essencial: o meu amor! E quando regressar prometo os relatos da perfeição... ;)




Beijos e ron rons lunares,

Borboleta



P.S. - A fotografia utilizada foi retirada da net. Não pretendo violar qualquer direito e, como tal, será imediatamente retirada se para tal for solicitada pelo autor.