domingo, 14 de maio de 2017

É assim que se faz história

A história faz-se tantas vezes de episódios maus e violentos, tristes e angustiantes, que de repente até custa a acreditar quando assistimos à escrita de um capítulo de história tão bom, emotivo, feliz... E hoje, que já passou a loucura e que consigo escrever sobre isto sem ficar "lavada em lágrimas", decidi registar o momento neste meu estaminé, este lugar onde partilho de forma tão verdadeira o meu eu.

Dia 12 de Maio de 2017 prometia ser O dia. Quando o Vaticano anunciou que o Papa FRANCISCO viria a Fátima no centésimo aniversário das aparições, cheguei a pensar marcar tudo para lá estar. Mas é evidente que à distância de tantos meses seria difícil programar-me para isso. Depois pensei no "mar de gente" que lá estaria também e pensei "vejo pela televisão e pronto!". Foi o que aconteceu. Vi pela televisão a chegada do Papa. O caminho até ao Santuário. Os 8 minutos de oração em frente da imagem de Nossa Senhora com milhares e milhares de pessoas em silêncio absoluto. As lágrimas dos peregrinos à chegada. A alegria dos jovens. As crianças. Os idosos. Em última instância, os crentes. Não necessarimente crentes nas aparições, mas crentes que Fátima representa uma força e uma magia capazes de transmitir o que de melhor a Humanidade tem. E crentes num homem que consegue com a sua simplicidade e o seu sorriso unir uma Igreja em torno de si e daquilo que realmente interessa e é a sua função. Acho que me arrependi de não ter ido. Mas já marquei data para lá voltar. Vi as cerimónias religiosas no dia 13 de Maio. A Canonização de Francisco e Jacinta. E novamente a emoção de quem acredita, de quem sabe que o seu caminho está na Fé, de quem vive na Luz e de quem pauta a sua existência na valorização do que é simples e verdadeiro e genuíno. Jamais esquecerei estes dias. Estas imagens.

 



 



E depois chegou o Festival da Eurovisão... Eu e todos até à minha geração sempre viveram este espectáculo como O espectáculo. Lembro-me que parava tudo para ver o Festival. Confesso até que cheguei a ir ver um concerto dos U2 a Alvalade e pedir à minha mãe para gravar o Festival em VHS para poder ver no dia seguinte... 1993! Depois desliguei-me completamente até uma amiga ter feito parte da equipa organizadora do Festival da Eurovisão na Rússia. Mas era só curiosidade, porque nem sequer vi nem sei quem era o concorrente português.
Mas este ano parece que tudo mudou. 

Amar Pelos Dois prometia ser um passo na aceitação da diferença. E foi! Salvador Sobral foi tão genuíno que conquistou a Europa. E a música e letra de Luísa Sobral consegue mesmo arrebatar qualquer coração. Portugal uniu-se novamente e juntos somos mais fortes!


 





Por aqui vibrámos e ficamos felizes. Eu, é claro, derramei umas quantas lágrimas. Fez-se história este fim-de-semana e eu assisti, com os meus, a esta página tão bonita do que é nosso!! Felicidade! Gratidão! E não acaba amanhã. Não é para esquecer amanhã. Porque é assim que se faz história e a história não se esquece!

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