quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

É muito tempo...

Não contamos o tempo sempre da mesma maneira.
Os minutos parecem uma eternidade quando estamos à espera de alguém (e acreditem que destas esperas eu percebo), mas os dias parecem minutos quando estamos bem, a viajar, a ler um (bom) livro, com os amigos...
Porém, há tempos que são sempre iguais. Há segundos que se arrastam na saudade. Minutos que caem em lágrimas sofridas. Horas que batem descompensadamente num coração triste. Dias, meses, anos que nos afogam num semblante carregado, em gestos ténues de nostalgia, porque foste e não voltaste.
Passaram 10 anos. Era sábado. Lembro-me do que comi. Lembro-me do que tinha vestido. Lembro-me do que senti. Por muito tempo que passe, o tempo vai passar sempre no ritmo triste desta falta que sinto da tua presença. Este ritmo que me diz diariamente que não conhecerás o meu filho, que ele não andará agarrado a ti, que eu não posso agarrar-me a ti sempre que preciso. Fazes-me falta. SEMPRE. Porque não consigo habituar-me à ideia de ter ficado sem ti. Não consigo aceitar a injustiça de teres ido nessa viagem sem mim. Não consigo conceber que não tenhas voltado. 

Still hurts... 10 anos é muito tempo...

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