quinta-feira, 13 de abril de 2017

Tanta coisa em Vienna e... Tão pouco!

Sim, já todos sabem que a minha vida se torna caótica com a facilidade com que qualquer um acende um fósforo. Nada de novo aqui. Mas o cansaço que às vezes acumulo, sem qualquer culpa e sem estar a contar deixa-me quase sem reacção.

Ontem o Pedro pediu para brincar com ele e, pela primeira vez, sentia-me tão cansada que lhe disse que não conseguia. Tenho tentado repor o sono nas últimas noites, mas não tem sido suficiente. Juntamos a isso um treino na segunda (depois de mais de uma semana sem treinar), mais exigência no trabalho e temos a perfeita bomba atómica.

Deixem-me então contar-vos tudo.

No dia 3 de Abril fui para Vienna, Austria. Não sei explicar-vos a atração que sempre senti pela cidade, mas julgo que advém do facto de ter chegado a sonhar ir lá com o meu pai. Era uma das cidades que estava na nossa lista secreta. Aquela de que falávamos os dois... Apesar de ter tido diversas oportunidades para lá ir ao longo dos anos, nunca fui. E acho que a razão é exactamente a mesma do fascínio. Desta vez não pude evitar, porque não fui eu que escolhi. Misturei o entusiasmo com as saudades dos que amo, que ficaram. A oportunidade era boa, mas já não é a mesma coisa. Agora podia contar-vos que no fim de semana antes da viagem mal dormi porque uma noite (sábado) me senti indisposta. Podia contar-vos que na noite que antecedeu a viagem dormi muito bem, as 2h que consegui, já que o vôo foi de madrugada. Podia contar-vos que a média de horas de sono lá foi baixa. Ou muito baixa, atendendo à concentração que precisava. Mas vou mesmo é contar-vos sobre a cidade. Mas não sobre os monumentos. Isso qualquer um pode ler num guia turistico. Vou falar-vos sobre as pessoas.

Ok! As minhas expectativas eram elevadas. Sempre achei que uma cidade mega civilizada não poderia desiludir-me. WRONG!!
Tenho uma amiga alemã, que na verdade é alemã fisicamente, mas com feitio latino, que dizia que os austríacos eram más pessoas. Mas sempre achei que ela estaria a ser influenciada por uma determinada austríaca que, efectivamente não era muito boa pessoa, e que veio substituí-la numa determinada função. Claro que achei sempre a generalização forçada e nunca a considerei verdadeira. Mas... Confesso-vos que DETESTEI os austríacos com quem me cruzei. No hotel, nos restaurantes, nas lojas. São todos antipáticos, não fazendo qualquer tipo de esforço sequer pela boa educação. Já nem era preciso serem amorosos... Estou mesmo desiludida. Claro que a cidade é fantástica. Claro que está sempre tudo limpo e organizado. Mas acredito que as pessoas fazem um lugar e este lugar poderia ser melhor com outras pessoas!!

Posto isto, deverei regressar a Vienna quando o Pedro for maior. Tenciono levá-lo comigo para conhecer todas as cidades europeias que consiga. Mas nessa altura as expectativas já não serão tão elevadas!!

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