terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Em choque. Mantenho esperança no futuro??

A semana passada foi consideravelmente pesada para mim. Problemas e mais problemas para resolver à distância (estive em Sesimbra de segunda a quinta, em trabalho), um filho doente à distância (da mãe e do pai, já que ficou doente quando ambos estavam ausentes), que mesmo sendo lindamente tratado pelos maravilhosos padrinhos, não conseguia livrar-me da dor no peito que só passou no momento em que voltei a abraçá-lo. À chegada, mais problemas para resolver e um peso de  uns 10 anos de envelhecimento precoce para tratar, que ficou como marca desta semana... Mas foi também uma semana negra para todos nós... Notícias de uma mãe que entra pela água dentro com as filhas pequenas e esse acto leva à morte das crianças ou de uns pais que vão para o Casino e deixam a filha sozinha em casa à noite e a filha acaba morta depois de cair do 21. andar do condomínio de luxo onde têm residência, são suficientes para nos deixarem a pensar no estado do mundo, no caminho que andamos todos a percorrer.
Sinceramente, não quero julgar. Não faço ideia do que terá passado pela cabeça daquelas pessoas. Mas quando decidi ter um filho, assumi comigo e para comigo uma responsabilidade. A responsabilidade do amor, do carinho, da atenção, da protecção... Habitualmente digo que sou escrava das rotinas do meu filho. Ninguém me obrigou a isso e, como tal, não me queixo. Faço-o porque ele precisa, porque é melhor para ele e, como tal, para nós todos!
Um filho não é um objecto descartável. Um filho não é um entrave. 
Estas notícias deixam-me em choque. Quando uma criança chora eu fico aflita. Quando o meu filho chora eu fico ansiosa. Imaginar o que estas três crianças choraram por auxílio naqueles dias fatídicos deixa-me muito transtornada. Considerar que isso é normal ou desculpável ultrapassa os limites! 
Devo manter a esperança no futuro e na humanidade??

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