sábado, 8 de janeiro de 2011

"As árvores morrem de pé"

Há dias, num dia de chuva torrencial, li esta frase. Gostei. Mas não reflecti sobre a razão (sabendo eu, porém, que a maior parte dos nossos gostos não tem uma razão sobre a qual reflectir). Hoje, numa das minhas viagens diárias entre Gaia e o Alto Minho, algures na A28, descobri. Eu sou como uma árvore!

Sou alta e forte, tal como uma árvore deve ser. Sou colorida e sorridente no Verão. Sou tristonha e "despida" de alegria no Inverno. Não preciso que me falem. Mas preciso que me façam... Preciso que me reguem para matar a sede de amor e amizade. Preciso que me mimem. Muito!! Preciso que alimentem a minha fome de conhecimento, inteligência e cultura. Preciso que me acarinhem e tratem bem.
E tal como uma árvore, posso e quero ser a sombra confortável de alguém num dia de calor. Quero poder ser uma brisa refrescante. Quero poder ser abrigo. Quero poder ser a estrutura de um ninho... Quero ser capaz de alimentar. E se uma árvore pode alimentar com as suas folhas, as suas flores, os seus frutos, com a madeira numa lareira acesa no Inverno rigoroso, também quero ser capaz de alimentar alguém. Com o meu amor, com a minha amizade, com o meu olhar, com um gesto, com uma gargalhada, com o conforto de uma palavra, com os valores que me farão estar sempre de cabeça erguida.
Os princípios não têm preço (os meus, é claro!). A gratidão sente-se. Quem é bom e nos faz bem fará sempre parte da nossa vida. Aconteça o que acontecer, acompanha-nos! Porque "as árvores morrem de pé" e eu jamais deixarei que aquilo em que acredito tombe. E porque as ervas daninhas desaparecem de vez, também consigo que quem subtrai à minha vida me esqueça e deixe de me puxar. Porque "as árvores morrem de pé" e eu também...

Beijinhos e ron rons lunares,
Borboleta

1 comentário:

  1. Eu também quero crescer e chegar lá acima para tocar o céu como uma árvore e depois morrer de pé.

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